O CMO do futuro não pode parecer que vive na série “Mad Men”
O papel do Chief Marketing Officer (CMO) está a mudar e aquilo que é exigido ao profissional que desempenha este cargo também sofre alterações. «Eu acho que os CMOs que estão a crescer, e que podem potencialmente ser o próximo CEO, são aqueles que basicamente dizerm ‘Sou a vossa ligação ao mercado, eu compreendo estratégia e estou a informar cada peça da cadeia de abastecimento. Eu sei onde vamos buscar produtos e serviços, onde podemos poupar dinheiro, onde perdemos dinheiro», afirma Scott Galloway, professor na New York University.
Presente no Festival of Marketing, o especialista deixa claro que, nos melhores casos, o CMO é a pessoa em contacto com o mercado e que é responsável por informar cada departamento da empresa. É, por isso, alguém capaz de pensar de que forma pode a organização manter as suas margens – e fazer dinheiro – ao mesmo tempo que se destaca e diferencia da concorrência.
O CMO acaba por ser, na verdade, uma espécie de Chief Intelligente Officer. Citado pelo WARC, Scott Galloway refere que o director de Marketing do futuro compreende todos os componetes da cadeia de valor e tem uma visão sólida sobre a estratégia de distribuição ou fidelização, por exemplo.
«Ser CMO é como ser o segundo tenente no Vietname, a esperança de vida é de cerca de 18 meses», acrescenta o professor, explicando que se o profissional não estabelece de imediato a credibilidade necessária o destino mais provável é mesmo a rua. E, na sua opinião, são os CMOs que querem gastar muito dinheiro em Marketing e que usam muitas vezes a palavra “marca” – como se vivessem na série “Mad Men” – que não sobrevivem.