O Ano 2010
O ano 2009 está a chegar ao fim. Termina, sem deixar grandes saudades.
Esperamos com optimismo, mas também com alguma ansiedade, que o ano 2010 seja totalmente diferente deste ano, e dos anos anteriores.
Esperamos que os nossos governantes percebam que os seus cidadãos desejam que sejam tomadas medidas que permitam olhar para o futuro com optimismo.
Esperamos que percebam que os seus contribuintes desejam que os impostos que pagam sejam para investir em unidades de saúde, sociais, infra-estruturas e afins e não para subsidiar empresas e entidades indevidamente.
Esperamos que percebam que os seus cidadãos querem uma justiça que funcione correctamente, uma justiça em que se acredite, e que não caia no descrédito total.
Esperamos que percebam que todos nós desejamos que a corrupção, roubo de dinheiros públicos, fuga aos impostos e aldrabices deixem de ser o quotidiano deste País, e as suas manchetes na comunicação social.
Esperamos que percebam que os empresários estão interessados em continuar em investir, mas, para tal, necessitam de ter as condições necessárias e suficientes para o fazer.
Esperamos que percebam que todos nós desejamos um País próspero e honrado e não sermos vistos como os patinhos feios da Europa.
Esperamos que percebam que todos nós queremos que os políticos sejam uma mais-valia na discussão do sucesso de Portugal, e não gladiadores a guerrearem muitas vezes sem ninguém perceber porquê.
Esperamos que percebam que o Estado deve representar o seu papel de Estado, e não representar todos os papéis, os quais, muitos deles, deverão ser desempenhados por outros.
Esperamos que entendam que não é sufocando as empresas, que o País vai gerar mais riqueza e empregos.
Esperamos que percebam que não é limitando o papel da comunicação e publicidade que vão acabar com os problemas do País.
Termina assim mais um ano em que Portugal não aproveita as suas oportunidades, mas, sim, afunda-se nas suas ameaças.
Esperamos que 2010 seja diferente, e que, a bem de Portugal, cada um desempenhe cabalmente o seu papel.
Por Ricardo Florêncio
Director editorial marketeer