O algoritmo do YouTube que está a matar a TV
O YouTube conta, actualmente, com visualizações diárias na ordem dos mil milhões de horas, quando contabilizados todos os utilizadores de todos os pontos do planeta. De acordo com o The Wall Street Journal, este número aumentou cerca de 10 vezes desde 2012, colocando a plataforma de vídeo da Google no caminho certo para “eclipsar a televisão”, pelo menos nos Estados Unidos da América.
De acordo com a mesma publicação, o culpado pela ascensão do YouTube é o algoritmo utilizado para recomendar vídeos aos utilizadores. Ao sugerir conteúdos com base nas suas preferências, o YouTube estará a levar os internautas a ver mais vídeos do que teriam previsto.
Neal Mohan, chief Product officer do Youtube, explica que os algoritmos com base em machine learning têm desempenhada um óptimo trabalho na análise e recomendação de conteúdos, tendo em conta o número crescente de vídeos carregados na plataforma diariamente. A cada minuto, são carregadas 400 horas de vídeo no YouTube.
Tendo em conta o novo marco atingido – mil milhões de horas vistas por dia -, o YouTube poderá estar mesmo a esmagar a televisão tradicional. Dados da Nielsen indicam que os norte-americanos assistem a cerca de 1,25 mil milhões de televisão (em directo e deferido) por dia, média que tem vindo a cair ao longo dos anos.
Para este cenário contribui não só o algoritmo mas a evolução que o mesmo tem apresentado: até 2012, a missão do algoritmo era sugerir vídeos tendo em vista o aumento do número de visualizações; há cinco anos, o objectivo passou a ser a sugestão de vídeos mais longos, que aumentem o número de horas passadas em frente ao YouTube.