Novo hotel dos Açores abre esta semana em quinta com mais de 200 anos de história

A partir da próxima sexta-feira, dia 16, a ilha de São Miguel passa a contar com mais um hotel. O Senhora da Rosa Tradition & Nature, integrado numa quinta de três hectares com mais de 200 anos de história, abre portas aos hóspedes no concelho de Ponta Delgada.

Apesar da proximidade com o mar, o Senhora da Rosa quer distinguir-se pelo contacto com a fauna e flora açoriana, apresentando-se como um “oásis no meio da vegetação densa e tão particular da ilha”. Trata-se de um projecto de família, liderado por Joana Damião de Melo que pretende transformar a herdade num espaço onde passado e futuro convivem em harmonia, com particular preocupação com a sustentabilidade.

O novo hotel de 4 Estrelas Superior tem 35 quartos, dois deles no meio da quinta em casas de madeira que “recriam os antigos cafuões onde os cereais eram armazenados”. Estas casas têm 33 metros quadrados interiores com quarto, casa de banho e zona de estar, além de um terraço com banheira ao ar livre rodeado por bananeiras.

Junta-se ainda o restaurante Magma, que parte de ingredientes de produção própria e local para dar vida às receitas do chef João Alves. Também no Spa Musgo a aposta vai para os produtos locais, usados para criar óleos essenciais que acompanham os tratamentos disponíveis.

Quem quiser explorar a cultura dos ananases dos Açores tem à sua disposição duas estufas, uma delas com um tanque de água aquecida onde é possível mergulhar. O leque de actividades e estruturas disponíveis inclui ainda um campo de padel, uma loja de produtos açorianos, um centro interpretativo, um kids club para as crianças e uma capela do século XIX onde se podem realizar celebrações religiosas.

O terreno onde o Senhora da Rosa se insere começou por ser mais conhecido pelas laranjas que produzia, mas uma praga acabaria por condenar toda a produção e a levar a família de Joana Damião de Melo a apostar no ananás. Em 1994, recebe hóspedes pela primeira vez enquanto estalagem, mas acabou por encerrar em 2011. Depois de uma década de portas fechadas, reinventa-se agora enquanto hotel com uma ligação próxima à natureza e projecto de arquitectura de recuperação assinado pelo Atelier Vieitas. A nova decoração, por seu turno, é de Lili Damião.

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