Nível de confinamento decresce em Portugal e há mais pessoas na rua

Embora os números de novos casos confirmados, internamentos e óbitos associados à COVID-19 continuem a bater recordes, os portugueses parecem não cumprir este confinamento com o mesmo rigor que cumpriram o primeiro, há cerca de um ano. Dados da PSE mostram que o nível de recolhimento domiciliário da população subiu para mais de 50% desde o encerramento das escolas, a 22 de Janeiro, mas que os últimos dois dias da semana passada apresentaram uma redução do confinamento: na quinta-feira, apenas 48,6% dos portugueses manteve-se em casa; na sexta-feira, somente 46,4%.

Estes valores comparam positivamente, ainda assim, com os níveis de confinamento verificados duas semanas antes. Segundo o Painel PSE Mobilidade, 30,5% dos portugueses estava em casa no dia 11 de Janeiro, com este número a subir progressivamente a partir daí, com excepção dos dias 28 e 29.

Nos dias em que o confinamento decresce, a mobilidade amenta e vice-versa. Se na semana de 11 de Janeiro, o Índice de Mobilidade PSE andava perto dos 100 (sendo 100 o valor da mobilidade média pré-Covid), notou-se uma redução da mobilidade para 59 a 25 de Janeiro, já com as escolas e estabelecimentos encerrados.

Na última sexta-feira, porém, o Índice de Mobilidade PSE chegou aos 72, ou seja, apenas 28 pontos abaixo da mobilidade considerada normal antes da pandemia.

“Isto significa que, na última sexta-feira, aproximadamente 72% da população que circulava no período pré-pandemia esteve em circulação (antes da pandemia, cerca de 75% da população circulava em média por dia)”, indica a PSE.

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