Netflix suspende serviço na Rússia. TikTok impede o carregamento de vídeos e directos
A lista de sanções à Rússia continua a aumentar e o entretenimento não é excepção. A Netflix suspendeu os serviços da plataforma de streaming no país, em protesto à invasão da Ucrânia. Da mesma forma, o TikTok impede agora o upload de vídeos e directos na Rússia, citando a nova lei relativa a fake news aprovada pelo parlamento russo como a razão para a decisão.
A gigante do streaming já tinha revelado, na semana anterior, que não iria aceitar o acordo imposto pela Rússia para que a plataforma pudesse continuar a operar no país – incluir no catálogo 20 canais estatais, deixar de disponibilizar conteúdo “extremistas” e rotular os programas LGBTQ. Agora vai mais além e desactiva por completo o acesso ao serviço.
«Dadas as circunstâncias, decidimos suspender os nossos serviços na Russia», afirma um porta-voz da Netflix, citado pela Variety. Além disso, a empresa vai disponibilizar, de forma gratuita e a nível mundial, o documentário “Winter on Fire: Ukraine’s Fight for Freedom”, que explica como o povo ucraniano se revoltou contra o poder governamental em 2014.
Já o TikTok toma as primeiras medidas desde que a guerra na Ucrânia começou, seguindo o exemplo da Meta, do YouTube, do Google e do Twitter. “Não temos outra alternativa a não ser suspender os directos e os novos conteúdos no nosso serviço enquanto revemos as implicações que esta nova lei pode ter na segurança dos nossos funcionários e utilizadores”, explica a plataforma, em comunicado.
2/ In light of Russia’s new ‘fake news’ law, we have no choice but to suspend livestreaming and new content to our video service while we review the safety implications of this law. Our in-app messaging service will not be affected.
— TikTokComms (@TikTokComms) March 6, 2022
A lei foi aprovada na passada sexta-feira e prevê penas de prisão até 15 anos para quem, intencionalmente, dissemine informações falsas sobre o exército russo, como, por exemplo, referir-se à actual situação como “guerra” e “invasão” ou acusar a Rússia de “genocídio” do povo ucraniano.