«Não devemos virar as costas à poluição por plástico», diz CEO da Unilever
Alan Jope, CEO da Unilever, acredita que «a cultura descartável e os modelos de negócio descartáveis continuam a dominar as nossas vidas e a prejudicar o nosso planeta». Embora as circunstâncias actuais de pandemia obriguem a uma reorganização das prioridades, é importante manter o foco na sustentabilidade: «Não devemos virar as costas à poluição por plástico», afirma o responsável.
Segundo Alan Jope, é crucial que todos mantenham o seu caminho e que reduzam a quantidade de plástico utilizado no dia-a-dia, começando desde logo nas fábricas e unidades de produção. É também essencial que «façamos uma transição rápida para uma economia circular». As declarações do CEO chegam no dia em que a dona de marcas como Dove ou Magnum anuncia que aumentou o uso de plástico reciclado pós-consumo (PCR) para cerca de 75 mil toneladas, ou seja mais de 10% da pegada de plástico total da multinacional.
Até 2025, a Unilever espera usar pelo menos 25% de PCR nas suas dezenas de marcas, duplicando o recurso a este material já nos próximos 12 meses.
Para isso, é necessário repensar as embalagens, seguindo uma lógica “Menos, Melhor e Sem Plástico”. No eixo do “Menos Plástico”, a Unilever lançou embalagens recicláveis de Carte d’Or feitas de papel, por exemplo. Já no campo de “Melhor Plástico”, desenhou uma nova garrafa de plástico 100% reciclado para a Dove, entre outros.
Quanto ao “Sem Plástico”, a multinacional lançou uma linha zero plástico para a marca Seventh Generation e irá remover o filme plástico das caixas de PG Tips já no próximo ano.
Outra área que a Unilever está a estudar envolve a reutilização de embalagens através de um sistema de recarga. «Ainda é cedo. Mas, ao tornar os formatos de recarga e reutilização amplamente disponíveis, acessíveis e económicos, esperamos usar a nossa escala para impulsionar uma mudança duradoura», adianta Richard Slater, Chief R&D Officer da Unilever.