Na senda da sustentabilidade
Desde a sua fundação que a Fricon teve como linha central da sua cultura empresarial o factor humano. O seu fundador, Artur Martins Azevedo, tinha uma preocupação social quando criou a Fricon: melhorar a vida dos seus conterrâneos, proporcionando-lhes boas condições de trabalho. «No País, como na Fricon, este é um elemento essencial para o progresso e bem-estar. Da nossa parte, este compromisso mantém-se com o crescimento conquistado ano após ano, nomeadamente com uma forte exportação dos nossos equipamentos para refrigeração e conservação de alimentos e bebidas», afirma Ricardo Pereira, director de Marketing da Fricon.
Também as acções de responsabilidade social por parte da Fricon são uma prática já de décadas, sobretudo junto da comunidade mais próxima, e intensificam-se todos os anos. «Este factor de desenvolvimento é indissociável da sustentabilidade ambiental, sem a qual não há qualidade de vida e esse é um elemento já intrínseco a todos os nossos equipamentos — pois são pensados de raiz para melhorar a eficiência energética e reduzir consumos», explica Ricardo Pereira.
O responsável está convicto de que a próxima década irá exigir um foco cada maior quanto à sustentabilidade ambiental. «As novas gerações procuram mais do que soluções imediatas, requerem uma coerência cada vez maior entre eficiência e respeito pela casa comum a todos, o planeta que habitamos — e, em verdade, nada de bom poderá resultar de uma estratégia de consumo dos recursos naturais sem limite», refere Ricardo Pereira, acrescentando que no sector do retalho e da grande distribuição, este elemento será certamente avaliado aquando da opção por parceiros como a Fricon.
«Felizmente, esta mentalidade está alinhada com o caminho que temos vindo a traçar. Somos uma empresa assente em valores como a inovação e a sustentabilidade, que nunca foi resistente às mudanças, bem pelo contrário. Aliás, o lema do nosso fundador foca precisamente esta característica: “o crescimento é o produto do futuro que fomos capazes de prever”», afirma Ricardo Pereira.
A empresa tem vindo a realizar grandes investimentos nesta vertente. A título de exemplo, a Fricon tem, nas suas instalações em Vila do Conde, um Centro de Investigação e Desenvolvimento, que exigiu um investimento inicial de 1,5 milhões de euros. Em funcionamento desde 2015, trata-se de um projecto concebido para desenvolver novos produtos e testar a sua performance. Em concreto, testes de fiabilidade, verificação de consumos energéticos reais, medição de temperatura e testes de comportamento dos equipamentos de acordo com a classe climática, entre outros. Ao todo, o investimento da Fricon em decurso no triénio 2018-2021 ascende a 3,2 milhões de euros.
Um futuro melhor para as próximas gerações
No plano da responsabilidade social, a Fricon acredita também que as novas gerações procuram mais do que estabilidade, requerem novas aprendizagens, um ambiente de trabalho estimulante e oportunidades de crescimento. Por isso, continua a apostar na formação para garantir a progressão dos colaboradores e a sua especialização.
Procura jovens qualificados e para isso vamos intensifi cando as parcerias com escolas, por forma a tornar a atracção e os processos de recrutamento mais ágeis. Tudo isto requer o aprofundamento de uma cultura organizacional de proximidade, que promova um ambiente de trabalho envolvente e em que todos fazem parte dos desafi os. «Queremos também atrair jovens com interesse pelo sector industrial para funções mais técnicas, nomeadamente na área da produção, como, por exemplo, electricistas, fresadores, carpinteiros e serralheiros, e proporcionar-lhes o desenvolvimento de uma carreira connosco. Também isso é responsabilidade social, na medida em que infl uenciamos percursos de vida. Estamos a reforçar a nossa comunicação para dar a conhecer como é trabalhar na Fricon, ao mesmo tempo que procuramos envolver a comunidade», afi rma Ricardo Pereira.
Ainda neste domínio, há três décadas, em parceria com a Unilever, iniciou-se o desenvolvimento da linha “Mobile Fricon” —, um projecto que arrancou na Indonésia para facilitar o auto-emprego junto das comunidades de mais de mil ilhas, as mais isoladas do arquipélago. A ausência de rede eléctrica e as baixas condições de vida das populações levaram ao surgimento desta iniciativa.
Por outro lado, e focando novamente na comunidade em que está inserida, a Fricon tem realizado acções de apoio ao nível da aquisição de equipamentos fundamentais. «Pautamos a nossa acção por uma atitude discreta, mas, a título de exemplo, podemos referir instituições como a Fundação Ronald McDonald, numa colaboração iniciada junto da Casa do Porto, mas que se prevê alargar a Lisboa e de seguida Madrid, assumindo aqui uma responsabilidade ibérica», afi rma o director de Marketing.
Apesar de se assumir uma empresa global, a Fricon mantém o apoio junto da origem, particularmente em Vila do Conde. A Associação Cultural Desportiva e Recreativa de Touguinha conta com o apoio da Fricon há 43 anos, mas a empresa também está atenta às necessidades dos bombeiros locais, da Cruz Vermelha e das escolas. Sobre as últimas, destaque para uma viagem no âmbito do projecto “damos asas ao teu futuro”, das crianças do 4.º ano das escolas locais. A Fricon disponibiliza ainda equipamentos desportivos e o Prémio Fricon para os melhores alunos do ensino superior com sede no concelho.
Associações de protecção animal e o apoio a desportistas locais são também alvo da atenção da empresa, bem como no Brasil junto da instituição “Amigos do Bem”, que tem um papel importante na educação e saúde. No Natal, colabora ainda com as associações locais, em acções de recolhas de bens não perecíveis para distribuição junto das famílias que deles necessitam.
Dimensão global
No que concerne ao seu negócio, a Fricon tem duas unidades produtivas instaladas em Vila do Conde e uma outra em Pernambuco, no Brasil. No total, estas três fábricas colocam no mercado cerca de 500 mil equipamentos por ano.
Ricardo Pereira prevê um aumento das vendas no actual exercício, tendo por base uma facturação integrada superior a 100 milhões de euros registada em 2018. «A nossa aposta em áreas de actuação complementares abrange o sector doméstico, de bebidas, de congelados e, de forma muito especializada, a produção de equipamentos para o “retail”, que estão distribuídos por todo o mundo», explica o responsável.
Entre os clientes que escolhem Fricon para congelar, refrigerar e conservar os seus produtos, estão grupos como a Unilever, Jerónimo Martins, Sonae, Carrefour, Cencosud, Wal-Mart, Intermarché, Danone, Coca-Cola, Nestlé, Schincariol, Itaipava, Unicer, Heineken, entre outros.