Myriad reforça expansão do grupo Sana Hotels
Lisboa tem uma nova unidade turística: o Myriad by Sana Hotels. O empreendimento, adjacente à Torre Vasco da Gama, implicou um investimento de cerca de 70 milhões de euros e é mais um passo da cadeia na sua estratégia de expansão. Além disso, assume-se como a primeira unidade hoteleira de cinco estrelas da Sana Hotels em Portugal.
Ao todo, no Myriad by Sana Hotels são 186 os quartos que se erguem desde a superfície da água, a 143 metros de altura. A estes juntam-se dois restaurantes, um spa e diversas salas de reuniões.
Num projecto arquitectónico assinado por Nuno Leónidas, o hotel alia-se numa relação «simbiótica», como explica o próprio autor, à estrutura pré-existente, a Torre Vasco da Gama. O edifício é totalmente envidraçado, pelo que se destaca a vista panorâmica de todos os pontos do hotel, bem como a consequente luminosidade natural.
No 23º andar do Myriad pode encontrar-se o Sayanna Wellness Spa, um conceito de spa boutique que disponibiliza, por exemplo, um flutuário, que simula as águas do Mar Morto, uma sauna com paredes de vidro para o exterior e uma VIP spa suite, para duas pessoas. Existem ainda salas de massagem e serviços de estética, onde é possível ter acesso a tratamentos exlcusivos e de assinatura.
Já no piso térreo encontra-se o restaurante/bar principal River Lounge, conduzido pelo chef alsaciano Frederic Breitenbucher, que fará uma interpretação da cozinha portuguesa, baseada nas tradições do mar.
Anexo ao hotel encontra-se o Myriad Crystal Center, um centro de congressos com 1500 m2 de área útil, dedicado a eventos diversos, desde reuniões a espectáculos.
Apostas futuras
Confrontado com a possível aquisição de outros players no mercado hoteleiro, Carlos Silva Neves, administrador do grupo Sana Hotels, explica que a empresa que lidera «está atenta, não só a nível nacional como internacional».
De facto, o grupo Sana Hotels tem em curso um plano de expansão em que os mercados internacionais se afiguram como prioritários, explica o administrador. «Iremos crescer em alguns mercados, e independentemente do momento que Portugal atravessa, a Sana irá, com certeza, dar o seu melhor para continuar a crescer de forma sustentável», garante.
«A hotelaria está a mudar», alertou Carlos Silva Neves, reforçando que o alojamento é importante para o sector, mas que não devem ser descuradas outras componentes do negócio, como a gastronomia e o entretenimento. «A Sana está a criar espaços diferenciadores, projectos únicos que vão promover o turismo português lá fora», defende.
O grupo Sana Hotels tem sob a sua alçada vários conceitos de hotelaria, desde o Style, para unidades de três estrelas, passando pelo Excellence, de quatro estrelas, o Epic, de cinco estrelas, e o Residence, no segmento residencial. Há ainda um outro, o Evolution Hotel Lisboa, que abrirá portas no final de 2013, na zona do Saldanha, e que se assume como um novo conceito do grupo Sana, com uma componente marcadamente tecnológica.
De referir ainda que, além do Evolution Hotel Lisboa, o grupo Sana Hotels tem em fase de conclusão, em Portugal, mais duas unidades hoteleiras: o Epic Sana Algarve, em Albufeira e o Epic Sana Lisboa, nas Amoreiras.
Como explicou à Marketeer Carlos Silva Neves, administrador do grupo Sana Hotels, os novos empreendimentos em curso, incluindo o Myriad by Sana Hotels, totalizam um investimento de cerca de 200 milhões de euros. Um valor que permitiu a criação de cerca de «500 postos de trabalho», destaca.
Além de 11 unidades hoteleiras em Portugal, nas zonas de Lisboa, Estoril, Sesimbra e Caldas da Rainha, a cadeia responde, fora de portas, por um hotel em Berlim, na Alemanha, e outro em Luanda, Angola.
De acordo com o responsável, a médio prazo a aposta centrar-se-á no mercado africano e na América Latina. Ainda assim, o grupo está «concentrado na execução dos projectos em curso», explica Carlos Silva Neves.
Não obstante, o administrador não esconde que o grupo que lidera está «à procura de novas oportunidades». A médio prazo, garante, será conhecida a aposta da cadeia hoteleira em novas geografias.
Texto de Daniela Domingos