Música independente em análise no Westway LAB

Que desafios enfrenta a indústria musical e que futuro existe para quem quer fazer desta área profissão? Estas são apenas duas das questões das quais o Westway LAB parte para a sua terceira edição. Entre o próximo dia 14 e 16, Guimarães será a casa da grande maioria das actividades do festival, desde residências artísticas a conferências, talks, showcases e concertos.

Dividido em dois, o Westway LAB conta com uma programação cultural e uma profissional. E é precisamente esta última que dá o pontapé de partida, desta feita em Lisboa. Durante o dia de amanhã, o Centro de Inovação da Mouraria recebe workshops em jeito de preparação para os três dias de festival. Para amanhã está também marcada a apresentação de Charles Caldas, keynote speaker e CEO da Merlin, agência de direitos musicais que agrega mais de 20 mil editoras independentes e distribuidores de 46 países.

À Marketeer, Charles Caldas conta que está ansioso por partilhar a experiência da Merlin e dos seus membros com a indústria portuguesa. Sobre a sua apresentação no Westway LAB, o CEO da agência avança que o objectivo é contribuir para um melhor entendimento do que se passa actualmente no cenário da música independente e qual o melhor rumo a tomar.

«O mercado está a mover-se tão rapidamente e existem tantos dados e informação para compreender. Espero que ao partilhar as nossas experiências e o conhecimento ganho através de colegas em todo o Mundo consiga ajudar a indústria independente portuguesa a estar melhor preparada e armada para o sucesso no mercado digital.» Charles Caldas vai ter também uma sessão na próxima sexta-feira, já em Guimarães.

O streaming de música é, de resto, uma das principais preocupações da música independente que nem sempre consegue fazer valer os seus direitos. Helen Smith, executive chair da Impala, associação também dedicada à música independente, é outro dos nomes da programação profissional do Westway LAB. A sua apresentação está marcada para dia 16, em Guimarães, no Palácio Vila Flor.

A profissional vai aproveitar a sua sessão para celebrar os 15 anos da Impala e explorar o seu passado mas também o seu futuro. Parte desta comemoração, que está a acontecer a nível global, passa por apresentar todos os meses cinco empresas do campo da música. Helen Smith explica à Marketeer que este projecto recebeu o nome “FiveUnderFifteen” porque todas as empresas apresentadas têm a mesma idade ou idade inferior do que a Impala.

A Impala conta ainda com a Associação de Músicos, Artistas e Editoras Independentes (AMAEI) enquanto parceiro português e essa ligação vai ser também analisada por Helen Smith, no próximo sábado.

Texto de Filipa Almeida

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