Museu a céu aberto
Um museu com o nome Efémero promete não ter um compasso eterno. Aqui as paredes guardam a arte urbana, que a força do tempo não apagar. O mote é mostrar o melhor da street art nacional e internacional. O objecto são “galerias a céu aberto” no Bairro Alto, Amoreiras e São Bento. O target é indi, informado, entre os 24 anos e os 35. A assinatura é da Leo Burnett Portugal… Esta é a campanha que começou por lançar em Lisboa o Rum Pampero, se propaga às ruas do Porto e já tem convites de França, Itália e Inglaterra
Um projecto criativo que prolifera e ganha forma ao nosso redor, dando espaço e voz à arte urbana – grafitti, stencil e stickern – num verdadeiro museu a céu aberto. Assim foram transformadas algumas ruas do Bairro Alto, em Julho do ano passado. A ideia fez “eco” e expandiu-se, no final de Janeiro, a mais duas “galerias”, nas Amoreiras e São Bento. O carimbo é da Leo Burnett Portugal e faz parte da estratégia de lançamento do Rum Pampero em Lisboa.
Depois de palmilharem várias ruas Lisboetas, a Leo Burnett Portugal, com a ajuda do Movimento Acorda Lisboa, fez um levantamento exaustivo do que há de melhor de street art, tendo o inventário reunido obras de artistas de várias gerações e nacionalidades. «As obras já estavam lá, nós promovemo-las, não estamos na origem das peças. Aqui, a única questão é que há talento e artistas com muito valor, que merecem ter algum apoio que os ajude a sobressair. O objectivo é que as pessoas encarem a arte urbana de outra forma», esclarece Inês Almeida, directora de contas da Leo Burnett Portugal.
O Rum Pampero e a Leo Burnett acolheram as obras e incluíram-nas nos roteiros do Museu Efémero. Nome dado pela fugacidade das peças, que vão naturalmente desvanecer ou serem cobertos por outras tintas.
A “porta de entrada” do Museu é o site, no qual se pode imprimir os roteiros das obras e para cada uma há também um áudio-guia, em português e inglês, com download disponível para mp3, que inclui a explicação da obra, detalhes da técnica utilizada e uma resenha do percurso profissional do artista. No local há uma placa de identificação com o número do track do áudio-guia. As rotas estão, também, disponíveis em alguns bares parceiros do Rum Pampero.
Na página online tem-se, ainda, acesso a uma série de links de artistas que têm colaborado no projecto. Inês Almeida conta: «Não só apoiamos como convidamos artistas a intervirem na marca e a interpretarem-na sob o seu ponto de vista. Inclusivamente, o site tem muita vida, todos participam muito, há sempre comentários e também se geram polémicas».
O público-alvo da marca são consumidores independentes, atentos e informados ao que se faz no mundo artístico, com nível cultural e a par da internet, têm entre 24 anos e os 35 e são as chamadas tribos indi e alternativa.
Por TitiAna Amorim Barroso
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