MUJI entra no mercado português

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O conceito MUJI nasce nos anos 80 nasce no Japão com a intenção de fornecer produtos de boa qualidade, bem desenhados, pensados para um mercado global.

 

A simplicidade do produto da MUJI não deriva do minimalismo enquanto estilo, mas da decisão de usar materiais quotidianos e métodos de produção racionais. As matérias-primas provêm de qualquer parte do mundo, sendo “a produção realizada de maneira simples com o objectivo de fazer sobressair o objecto por si mesmo, que é depois apresentado com uma envolvente elementar (ou inclusive sem ela) para não o fazer parecer mais do que realmente é. O resultado deste processo é a evidência da qualidade e da funcionalidade”. Este é o grande patamar da MUJI e a partir do qual tudo tem vindo a ser desenvolvido. Certo é que a não-marca criada nos anos 80 se estende hoje por vários mercados em todo o mundo e tem mesmo presença nos EUA (inclusive, com venda dos seus produtos no MoMa).

 

Sem grande investimento em publicidade, é o word of mouth o grande motor que tem vindo a alavancar a comunicação e a notoriedade da marca. A isto, soma-se o facto de vários dos produtos Muji ganharem medalhas de ouro nos prémios de design de maior reconhecimento mundial, como os International Forum Design Award (IF) de Hannover.

 

Uma marca que abre agora portas no mercado português, ao Chiado, em Lisboa e que a médio prazo quer ter um total de cinco pontos de venda. A cidade do Porto será o próximo passo.

 

 

Muji é a abreviatura de Mujirushi Ryohin que significa artigos de qualidade sem marca. É um facto que é um paradoxo: ter uma não marca que ganhou notoriedade como marca. Mas a verdade é que nenhum dos produtos que é comercializado pela Muji tem marca.

 

Uma das aspirações da marca foi, desde o seu lançamento, possibilitar aos consumidores a compra de bens necessários mas sem extras desnecessários. É uma verdadeira filosofia de retorno à simplicidade no dia-a-dia? 

Completamente. Uma das principais características da marca é, de facto, desenvolver e comercializar produtos funcionais e eliminar todos os extras supérfluos. São produtos simples, de qualidade, a um preço justo.

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