Moda: Dos provadores ao e-commerce
Portugal faz parte do “Segundo Pelotão” dos países melhor preparados para o e-commerce, juntamente com França, Itália e Espanha, assumindo a 25ª posição. Esta é uma das conclusões de um estudo sobre “e-readiness”, ou seja, o nível de preparação para a prática de comércio electrónico, realizado em 60 países do Mundo pela Economist Intelligence Unit e pela Pyramid Research.
Neste contexto, várias marcas de grande consumo avançaram para o negócio na web, dando provas como casos de sucesso. Mas que dizer sobre o e-commerce de Moda? Em Portugal, apesar do panorama se mostrar ainda incipiente, já há exemplos de empresas que avançaram para a comercialização online, numa busca por um canal complementar ao retalho tradicional que consolide a posição das suas marcas. José António Tenente, com a sua insígnia JAT, é exemplo disso mesmo.
E se no mercado nacional ainda não existem números respeitantes ao comércio electrónico de vestuário e acessórios, em específi co, será interessante atentar nos pormenores do negócio online de marcas internacionais como a Mango, com mais de uma década de experiência nesta modalidade de negócio, ou a Zara, cuja aposta, apesar de recente, fez com que a loja online ultrapassasse a facturação de todos os espaços brick-and-mortar da insígnia, no mundo.
Num outro ponto do e-commerce, e perante um cenário de consumo pouco favorável, surgem os sites de descontos e promoções, sob a denominação de compras colectivas. ClubeFashion, Groupon e LetsBonus são algumas das marcas que, com reduções muitas vezes acima dos 50%, permitem um alargamento da sua base de consumidores, num jogo de benefícios mútuos.
A aquisição de roupas, produtos de decoração, máquinas de café, ou de experiências como massagens ou estadas em hotéis, é feita a preços bastante inferiores aos praticados nas lojas, permitindo aos consumidores manter o consumo de produtos e serviços, apesar do período económico que o País atravessa. Um negócio que se está a afi rmar à escala global.
A Mango registou com a sua loja online, em 2009, uma facturação de 11,7 milhões de euros. Já a Zara, em Dezembro passado, recebia uma média de cinco mil pedidos diários na sua plataforma de e-commerce, num total de 15 mil artigos por dia. Números que têm trazido um novo alento às estratégias de negócio electrónico avançadas por marcas de Moda. E, mesmo que não adquiram os produtos, estima-se que sejam mais de três milhões de portugueses que tomam cada vez mais as suas decisões de compra com base em informações obtidas na internet.
Leia a versão completa da reportagem na edição de Fevereiro de 2011 da Revista Marketeer