Metade das mulheres portuguesas sentiu algum tipo de problema de saúde mental no último ano

As mulheres em idade activa são o segmento da população mais afectado por problemas de saúde mental. Só no último ano, 49% das mulheres portuguesas sentiram algum tipo de problema do foro mental, nomeadamente ansiedade, ataques de pânico, depressão e outros transtornos. A conclusão é do estudo “Estado de saúde geral da população portuguesa”, elaborado pela Marktest para a seguradora Medicare.

O estudo pretende fazer um retrato do estado de saúde da população portuguesa, com especial atenção para as mulheres. Nesse âmbito, a saúde mental surge como um dos temas mais preocupantes: quatro em cada 10 portugueses (39,5%) afirmam ter sofrido algum sintoma relacionado com a saúde mental no último ano. Além das mulheres em idade activa, esta é uma tendência “particularmente alta entre os mais jovens”.

Além disso, mais de metade da população portuguesa em idade activa (entre os 18 e os 64 anos) afirmou ter experimentado níveis elevados de stress nos últimos seis meses. Mais uma vez, os números são expressivos junto dos jovens – com 60% dos 25/34 anos e 59,6% dos 18/24 anos a relatarem níveis de stress elevados – e das mulheres (56,4%). Actualmente, um em cada cinco portugueses recorre a algum tipo de medicação nesta área, como calmantes ou medicamentos para dormir.

O estudo da Medicare revela ainda que três em cada 10 inquiridos sentiu a necessidade de procurar ajuda no último ano. No entanto, as consultas de psicologia (10,3%) e psiquiatria (7,9%) foram das menos procuradas pelos portugueses, que priorizam as consultas de medicina geral (66,8%), de saúde oral (42,3%) e de oftalmologia (28,5%).

O estudo “Estado de saúde geral da população portuguesa” resulta de entrevistas online a 801 inquiridos entre os 18 e 64 anos, residentes em Portugal Continental.

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