
Meta mantém “lista negra” de ex-funcionários que se recusa a contratar
A Meta mantém uma lista interna de ex-funcionários que não são elegíveis para recontratação, mesmo com recomendações de altos executivos. A prática, que gerou controvérsia, veio a público após o relato de um ex-engenheiro da empresa, demitido durante a redução de pessoal de 2022.
Este revelou ter ficado surpreendido ao descobrir que era considerado “não elegível para recontratação”. Apesar de seu desempenho ter sido avaliado como tendo “excedido as expectativas” e de ter sido promovido antes da demissão, as suas tentativas de retornar à empresa foram frustradas.
Segundo o relato, após enviar cerca de 20 candidaturas e receber interesse de diversos gerentes de contratação, a comunicação cessava abruptamente na fase de recrutamento. Ao investigar a situação, o ex-funcionário foi informado de que seu nome estava numa lista interna de não recontratáveis.
Outros ex-funcionários, incluindo dois gerentes, confirmaram a existência dessas listas internas que impedem a recontratação de determinados profissionais. Embora essa prática não seja ilegal, especialistas em emprego apontam que é incomum, especialmente quando inclui profissionais com histórico de alto desempenho.
Em resposta às denúncias, a Meta afirmou que os critérios para determinar a inelegibilidade à recontratação são claros e aplicados de maneira justa. A empresa enfatizou que fatores como violações de políticas e métricas de desempenho são levadas em consideração no momento da saída do funcionário.
Além disso, a Meta garantiu que existem mecanismos de controlo para impedir que um único gerente tenha o poder de incluir ex-funcionários nessas listas.