Merck: de farmacêutica a tecnológica na ciência

Mudar é normal e até saudável. Foi desta premissa que a Merck partiu para uma renovação da imagem da marca que pretende ser mais moderna e em linha com os seus recentes desafios e conquistas. Considerada a mais antiga farmacêutica do mundo, a alemã Merck acredita que cada mudança ou evolução do modelo de negócio deve vir acompanhada de uma mudança na imagem, de modo a reflectir or percurso da marca. Bruno Wohlschlegel, director da Merck em Portugal, explicou à Marketeer que, desta vez, o objectivo é mostrar como a empresa passou de uma farmacêutica a uma companhia de tecnologia e de ciência.

Nos últimos anos, a aposta tem sido no alargamento da actividade a outras áreas e o futuro será trilhado também através desse caminho, garante Bruno Wohlschlegel. «Acreditamos que o futuro da ciência envolverá colaboração entre disciplinas e indústrias que até agora têm sido díspares. Ao adicionar áreas especializadas da ciência e da tecnologia para o nosso portefólio estamos a posicionar-nos de forma única para antecipar as tendências globais, com base na excelência científica pela qual somos conhecidos.»

Desenvolvida na sua totalidade pela FutureBrand, a nova imagem é mais colorida, mais jovem e mais vibrante, marcando um ponto de viragem deste o último rebranding da Merck, que aconteceu em 2001. A intenção é que a nova imagem espelhe o actual posicionamento e estratégia da empresa, agora virada para o mundo, incluindo o continente asiático, e aberta a outras áreas de inovação. «Agora temos uma identidade diferenciadora, voltada para o futuro, que se enquadra no nosso novo posicionamento de empresa de ciência e tecnologia que tem como objetivo fazer a diferença significativa no mundo», conclui o director da Merck para o País.

Para além de modernização, harmonia é também palavra de ordem. Do processo de mudança de imagem faz parte a unificação da empresa enquanto Merck, eliminando as marcas Merck Serono e Merck Millipore, dedicadas a partir de agora ao negócio biofarmacêutico e ao negócio de ciências da vida, respectivamente. Apenas os Estados Unidos da América e o Canadá continuarão a ter identidades diferentes da restante empresa.

O rebranding tem ainda outro objectivo: «Queremos diferenciar-nos em vez de simplesmente nos destacarmos. Com esta nova imagem que é, de facto, marcante e que rompe com as normas, conseguimos alcançar este propósito.» É neste sentido, consequentemente, que aponta o futuro da Merck, sendo que Bruno Wohlschlegel refere três pilares para a estratégia para os próximos três anos: «crescer através da inovação, potenciar o portefólio existente nos mercados maduros e expandir para mercados emergentes», com especial foco em África, destino da próxima fase de investimento da empresa.

Evolução do logótipo

A imagem da Merck já passou por muitas fases, umas mais criativas e outras mais conservadoras. Embora as suas primeiras raízes datem dos anos 1660, altura em que a farmacêutica ainda era apenas Angel Pharmacy, o primeiro logótipo conhecido é de 1838. A fazer justiça ao nome, surge um anjo como símbolo da marca.

Muitas foram as mudanças desde aí mas destacamos algumas. Em 1912, a assinatura de Emanuel August Merck é registada para propósitos de utilização enquanto logótipo e é adoptado um brasão. Entre 1919 e 1933, muitas foram as adaptações feitas ao logo, especialmente por parte das subsidiárias da Merck localizadas fora da Alemanha. Mais tarde, em 1968, por ocasião dos 300 anos da farmacêutica, é decidido que é necessária harmonia na imagem da marca pelo que o logótipo foi novamente alvo de alterações.

Novas mudanças surgiram em 1996, depois da empresa entrar na bolsa, e em 2001. Por esta altura, a Merck começa também a operar na América do Norte sob a marca EMD. Agora, chegados a 2015, a Merck aposta novamente numa imagem renovada inclinada para o futuro e assente nas inovações tecnológicas.

1860
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1905
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1920
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1960
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1979
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2003
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Texto de Filipa Almeida

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