Mercado publicitário global vai crescer 5,9% ainda em 2023

O mercado publicitário global vai crescer 5,9% ainda este ano, o equivalente a 874,5 mil milhões de dólares, revela o relatório “This Year Next Year”, partilhado pelo GroupM.

No caso de Portugal, estima-se um crescimento dos investimentos publicitários ligeiramente superior, atingindo os 6,7% em 2023, e que fica pela primeira vez acima dos valores pré pandémicos de 5,1%.

O top 10 dos principais mercados apresentam este ano os seguintes crescimentos: Estados Unidos (5,1%), China (7,9%), Japão (4,8%), Reino Unido (4,8%), Alemanha (6%), França (4,2%), Canadá (5%), Brasil (6,6%), Índia (12%) e Austrália (0,2%).

O estudo revela que as receitas digitais de publicidade (search, non-search e retail) continuam a crescer (8,4%), representando 68,8% do total do investimento publicitário, com especial destaque para Google, Facebook, TikTok, Amazon e Alibaba. Além disso, estima-se que em 2028 possam representar 74,4% dos investimentos totais.

Os meios de comunicação de retalho são o terceiro canal de publicidade com maior crescimento em 2023 (atrás do Out Of Home, digital e da connected TV), prevendo-se que atinjam os 125,7 mil milhões de dólares, ultrapassando as receitas da televisão em 2028.

Relativamente a este meio, espera-se que as receitas globais da televisão tradicional registem um declínio de 1,2%, excluindo a publicidade política nos EUA. O relatório revela ainda que a adopção da TV inteligente, entre consumidores e anunciantes, está a crescer rapidamente, acrescentando 10,4% em receitas publicitárias entre 2023 e 2028, numa base anual composta, e com uma receita estimada de 42,5 mil milhões de dólares em 2028.

No caso do áudio global, prevê-se que diminua 0,3% em 2023 e que permaneça praticamente estável nos próximos cinco anos. Não é expectável que recupere os níveis de receitas anteriores à pandemia, apesar do crescimento contínuo do áudio digital, que se estima que aumente as receitas em 10,9% em 2023, atingindo 9,9 mil milhões de dólares em 2028. As extensões digitais de áudio, incluindo formatos digitais em estações de rádio tradicionais e plataformas digitais como o Spotify, continuam a aumentar a sua quota de receitas. E a estimativa é de que o digital represente 36,5% do total do áudio até 2028.

Já o investimento em publicidade em jornais e revistas continua a diminuir, apesar do crescimento das extensões digitais, que representarão metade das receitas totais da impressão em 2028. Em 2022, o sector da impressão diminuiu 2,9% face a 2021 (ano em que se registou um crescimento atípico) e prevê-se que em 2023 diminua mais 4,8%. As revistas estão a sofrer declínios mais acentuados e representam pouco mais de um terço das receitas totais da impressão.

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