Mercado de grande consumo termina 2015 em subida
Entre Outubro e Dezembro de 2015, o mercado de grande consumo em Portugal registou um crescimento de 0,9% face ao período homólogo do ano anterior, revelam os dados do relatório “Growth Reporter”, elaborado pela consultora Nielsen.
O relatório refere que, no total do último trimestre de 2015, Portugal registou um resultado positivo de 2,3% na variação das vendas. Tal deve-se ao mês de Dezembro (+2,4%) dado que não se registaram crescimentos em Outubro e Novembro. No relatório, onde foram avaliados 21 países europeus, os preços caíram mais acentuadamente em Portugal (-1,3%) e na e Suíça (-1,6%). Em sentido inverso, os maiores aumentos aconteceram na Turquia (+ 9,2%) e na Hungria (+ 3,1%).
O relatório refere que na Europa, no quarto trimestre de 2015, os Bens de Grande Consumo cresceram 2,1% sendo que as quantidades vendidas aumentaram 0,8%. Já o preço aumentou 1,3%, traduzindo-se no menor crescimento desde o terceiro trimestre de 2010, período onde se registou um crescimento de 1,1%.
«Estes resultados devem-se a uma combinação de factores. Os custos de produção caiem graças a preços mais baixos do petróleo e os retalhistas praticam ainda uma intensa actividade promocional para combater o aumento da popularidade dos discounters. Além disso, quase três em cada dez europeus admitem mudar para marcas mais baratas com o objectivo de economizar dinheiro», refere Jean-Jacques Vandenheede, director europeu de retail insights da Nielsen.
Portugal fecha, assim, o ano de 2015 com um crescimento nominal de 1,4% que se traduz em 1,8% de aumento no volume das vendas de Bens de Grande Consumo. A categoria “bebidas alcoólicas” foi a que mais cresceu, com 5%, ao ponto que a de lacticínios registou a maior perda (-3%). As marcas de fabricante continuam a crescer (3,8%) acima das marcas de distribuição (-2,8%) “devendo-se esta situação à intensa actividade promocional com mais incidência nas marcas de fabricante”, de acordo com comunicado da Nielsen.
A deflação em Portugal foi-se acentuando ao longo dos trimestres e, resultante de uma forte actividade promocional, atingiu um valor de 41% do total de vendas em valor no mercado dos Bens de Grande Consumo.
Tendo em conta a evolução dos formatos de venda a retalho, as lojas mais pequenas, com dimensões inferiores a 400m², foram as mais dinâmicas neste sector, tendo registado um crescimento de 2,8%.