Melhor campanha deste Natal? Américo Vizer, diretor criativo da LLYC, diz que “está a acontecer nas redes sociais”
Depois dos escolhidos de Gonçalo Martinho e Catarina Pestana, é a vez de Américo Vizer, diretor sénior criativo da LLYC Brasil e diretor criativo da LLYC Portugal, eleger os anúncios que mais o impactaram neste Natal. Formado em publicidade pela Fundação Armando Alvares Penteado, no Brasil, e a colaborar diretamente com a área de Marketing – Brand & Ad em Portugal (além da direção criativa na LLYC), Américo Vizer escolhe três campanhas de três destinos diferentes: Portugal, Brasil e EUA.
O primeiro destaque vai para uma campanha que está a acontecer nas redes sociais. “É a da Pepsi, feita pela VaynerMedia nos EUA. Usar o Pai Natal, tal como o conhecemos hoje — uma personagem criada pela Coca-Cola há cerca de 100 anos — a beber Pepsi em vez de Coca-Cola, não é propriamente novo para a marca”, começa por apontar.
O que é novo afinal? “É a forma como o fizeram, com uma linguagem de paparazzi, recriando memes e com uma estética e abordagem que dialogam muito bem com as redes sociais. E ainda com uma promoção associada. E Natal não é Natal sem alguém a provocar ou a mandar uma indireta à mesa, não é verdade?”, afirma o criativo.
E dos EUA para o Brasil, Américo Vizer elege uma campanha do Boticário: “Por falar em indiretas, vem a campanha que mais me impactou: a do O Boticário, feita no Brasil pela Almap. Trata-se, na verdade, de uma curta-metragem com mais de quatro minutos, com uma história que emociona as pessoas, que provoca lágrimas e que nos faz olhar de forma mais atenta para aqueles que nos rodeiam. A direção, a fotografia e a estética são impressionantes e conferem ainda mais força à metáfora do filme. Garanto que não vais conseguir ver apenas uma vez.”
Regressando a Portugal, o diretor criativo destaca uma campanha “não menos emocionante”, a campanha da Fnac, criada pela agência Judas. “Aborda o etarismo com uma delicadeza notável e explora a capacidade das pessoas de se reinventarem, sem perder a sua personalidade e o seu amor-próprio. Este é mais um daqueles filmes que nos fazem lutar para que a lágrima não caia em público”, finaliza o especialista.