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Melania Trump tentou (e conseguiu) vender documentário a Bezos e tudo num jantar que lhe garantiu 28 milhões
A primeira-dama dos Estados Unidos, Melania Trump, assinou um acordo avaliado em 40 milhões de dólares com a Amazon pelos direitos do documentário sobre a sua vida. Desta soma, sabe-se agora que pelo menos 28 milhões de dólares irão diretamente para Melania, segundo reportou o jornal “Wall Street Journal”.
Mas, de tudo isto, importa contar a história que culminou neste acordo milionário. Foi num jantar exclusivo em Mar-a-Lago, em dezembro, em que Jeff Bezos, fundador da Amazon, e a sua noiva, Lauren Sánchez, se encontraram com Donald Trump e Melania, que os detalhes do projeto foram apresentados ao segundo homem mais rico do mundo.
O encontro, que à primeira vista parecia social, selou um dos acordos mais lucrativos para a primeira-dama. Segundo o “Wall Street Journal”, Melania persuadiu Bezos a adquirir os direitos do documentário, apesar da relação tensa entre o empresário e o seu marido. Semanas antes, Bezos tinha intervindo para evitar que o conselho editorial do seu jornal apoiasse publicamente Harris. Posteriormente, doou um milhão de dólares para o fundo inaugural de Trump.
A negociação, realizada pouco mais de duas semanas após o jantar, levantou dúvidas sobre os interesses comerciais da família Trump. Segundo fontes próximas, Donald Trump, presidente dos EUA empossado em janeiro, receberá mais de 70% dos lucros do acordo e, além disso, explorará possíveis patrocínios para o filme.
Segundo a mesma fonte, Melania solicitou aos diretores executivos que assistiram à tomada de posse do seu marido, a 20 de janeiro, uma contribuição mínima de 10 milhões de dólares em troca de serem mencionados nos créditos finais do documentário.
O acordo, porém, não se limita a questões de entretenimento. A nova gestão de Trump já movimentou cerca de 80 milhões de dólares em contratos e parcerias, com investimentos destinados à sua biblioteca presidencial e acordos legais.
Esta né apenas uma peça de um puzzle maior: um império financeiro que está a ser reerguido por Trump a partir do poder político. E, ao que tudo indica, este é apenas o começo de uma nova era de negócios para a família Trump.
O documentário conta com a colaboração do reconhecido realizador e produtor de Hollywood Brett Ratner, famoso pela trilogia “Rush Hour”, “Red Dragon” e “X-Men: The Last Stand”.
Os 40 milhões de dólares desembolsados pela Amazon representam o maior montante alguma vez pago pela empresa por um documentário, triplicando as ofertas da concorrência. A Paramount, empresa-mãe da CBS, apresentou uma oferta de apenas quatro milhões de dólares, enquanto a Disney ofereceu 14 milhões. A Netflix e a Apple optaram por não participar na licitação pelos direitos.