Media são a instituição menos confiável a nível global

Pela primeira vez, os meios de comunicação social constituem a instituição menos confiável, a nível mundial. A conclusão é do mais recente “Edelman Trust Barometer”, segundo o qual 22 dos 28 países analisados não confia nos media.

A Edelman considera que a diminuição na confiança se deve, sobretudo, a motores de busca e às redes sociais, uma vez que 63% dos inquiridos afirma não conseguir distinguir bom jornalismo de um rumor ou notícia falsa. A par desta questão, surgem outras: 59% não consegue identificar a verdade, 56% não confia nos líderes políticos e 42% nos negócios.

Por outro lado, regista-se uma renovação da esperança em especialistas e uma quebra a nível dos pares. Os técnicos (63%) e académicos (61%) distanciam-se como os porta-vozes mais credíveis. Os pares ficam-se pelos 54%.

«Existem problemas de credibilidade para plataformas e fontes. A confiança das pessoas está a cair, deixando um vazio e uma oportunidade para peritos genuínos», afirma Stephen Kehoe, global chair Reputation da Edelman.

O mesmo relatório aponta ainda para o facto de que 50% dos inquiridos diz interagir com meios de comunicação social tradicionais menos de uma vez por semana. Há ainda quem afirme não ler notícias por ser “demasiado irritante” (25%).

Além disso, a maioria dos inquiridos acredita que os media estão demasiado focados em conquistar grandes audiências (66%), notícias de última hora (65%) e política (59%).

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