Marcas nascidas online aumentam investimento em TV

Desde 2019, o investimento em publicidade televisiva por parte de marcas que nasceram online aumentou 37%. O número é apontado pela Nielsen e diz respeito ao Reino Unido, mas mostra como um dos meios mais tradicionais de publicidade pode fazer sentido até para insígnias que são nativas digitais – isto ao mesmo tempo que as marcas criadas offline aumentam também os gastos nas plataformas digitais, num aparente paradoxo.

De acordo com os mesmos dados, reportados pelo site Marketing Week, embora o crescimento geral do investimento de marcas digitais em televisão linear tenha sido de 37%, algumas categorias registam saltos de até 279%. O dinamismo é mais forte junto de marcas de exercício físico, logo seguidas pelos serviços de carros usados e pelas marcas de lembranças e cartões de celebração.

Serviços de entrega de comida surgem depois, à frente das plataformas de streaming e dos marketplaces. No sentido inverso, encontra-se o sector de viagens, com empresas como Airbnb ou Booking a cortar o investimento em televisão na ordem dos 57%. O mesmo acontece com as marcas financeiras que também reduziram os gastos neste meio em 9%.

Nesta análise da Nielsen são consideradas todas as insígnias que começaram a sua actividade logo online, sem presença física anterior.

«De forma a crescer e a dar resposta às exigências dos investidores privados – ou, para alguns, para manter as receitas agora que a sociedade está a reabrir –, aumentar o alcance líquido tornou-se ainda mais uma prioridade para as marcas online e a TV é particularmente boa para isso», comenta JP Castlin, estratega e colunista no Marketing Week.

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