Marcas e instituções juntam-se para garantir que Portugal Entra em Cena

Quem disse que não pode nascer cultura em casa? O novo movimento Portugal #EntraEmCena quer provar que não serão o isolamento social e a quarentena a matar as diferentes expressões artísticas. Para isso, juntaram-se artistas, entidades públicas e privadas, fundações e marcas numa aliança inédita que promete salvarguardar a cultura e os seus intervenientes.

«É nestes momentos que o trabalho dos artistas e talentos portugueses se podem tornar ainda mais relevantes. Para assegurar que têm as condições certas para contribuir com novos projetos artísticos, tanto agora como mais tarde, unimos esforços nesta plataforma para mapear e identificar oportunidades. Todos juntos fazemos melhor», explica Joana Garoupa, directora de Marketing e Comunicação da Galp, uma das empresas parceiras da iniciativa.

Em termos práticos, o movimento Portugal #EntraEmCena consiste num marketplace digital, onde empresas podem encontrar talento e ideias propostas por artistas nacionais ou lançar desafios. Com lançamento previsto para os próximos dias, a nova plataforma permite que os talentos portugueses obtenham investimento para a fase de concepção e desenvolvimento de projectos artísticos.

Alguns dos projectos poderão começar já a tomar forma, a partir de casa. Outros terão de esperar que a pademia chegue ao fim mas garantem já financiamento. Cada proposta não poderá angariar mais do que 20 mil euros e diferentes entidades se podem juntar.

A Ageas é outra das organizações que integram o movimento Portugal #EntraEmCena. Para Inês Simões, directora de Comunicação Corporativa e Marca do Grupo Ageas Portugal, «mais do que nunca, este é o momento de dizer “SIM”: SIM à importância que a cultura assume em manter as pessoas ligadas neste contexto de isolamento, através de emoções que atravessam ecrãs; SIM ao apelo e incentivo à criatividade e novas oportunidades para os nossos artistas do panorama nacional; SIM, porque há mais vida e futuro onde há arte e cultura».

Em comunicado, a responsável explica que decidiram por isso, reforçar o compromisso da Ageas no apoio à cultura e aderir ao movimento. «Sobretudo, num momento em que podemos fazer a diferença na vida de tantas pessoas e instituições», acrescenta.

A Associação Mutualista Montepio também se junta ao projecto e, segundo a directora de Comunicação e Marketing, o momento que atravessamos torna a relação da organização com a arte ainda mais pertinente e necessária. «Entendemos que não existem sociedades equilibradas, saudáveis e felizes sem arte, sem cultura e sem criatividade», remata Rita Pinho Branco.

Já Ana Fontoura, directora de Responsabilidade Social da Fidelidade, lembra como o sector das artes foi particularmente afectado por esta pandemia, fazendo com também a seguradora integrasse o movimento. Dando continuidade ao compromisso que já mantinham antes com a área artística, a Fidelidade espera contribuir para que artistas e ténicos obtenham investimento.

A EDP, por seu turno, garante que não podia ficar indiferente a este movimento de apoio. «A cultura é um dos pilares estratégicos da EDP, que apoia muitos eventos ao longo do ano, não só em Portugal, mas também em outras geografias onde estamos presentes», lembra Paulo Campos Costa, director global de marca, marketing e comunicação da EDP.

A lista completa de membros inclui ainda Ágora – Cultura e Desporto do Porto, Altice, BPI – la Caixa, Caixa Geral de Depósitos, Centro Cultural de Belém, EGEAC, Fundação Calouste Gulbenkian, Imprensa Nacional – Casa da Moeda, Millennium BCP, Meo, Nos, Novo Banco, OPART – Organismo de Produção Artística, Renova, Sagres, Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, Super Bock Group, Teatro Nacional de São João, Teatro Nacional D. Maria II, Viúva Lamego e Vodafone. O movimento conta com contributos técnicos de empresas como a Academia de Código, Casper, Hi Interactive, Lohad e Outsystems. Junta-se também o apoio institucional do Ministério da Cultura.

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