Marcas de luxo estão a aumentar vendas
O estudo “Global Powers of Luxury Goods 2019” da Deloitte revela que 66% das 100 maiores marcas de luxo está a aumentar as suas vendas: no exercício fiscal de 2017, praticamente metade apresentou um crescimento anual de dois dígitos.
No total, as 100 marcas abrangidas pelo relatório geraram 247 mil milhões de dólares (219,4 mil milhões de euros) em receitas, em 2017. Trata-se de um crescimento composto de 10,8% em relação ao período homólogo anterior.
Segundo a Deloitte, LVMH, Estée Lauder e Richemont mantêm-se nas primeiras posições do ranking, sendo que o top 10 é responsável por quase metade (48,1%) do total de vendas de bens de luxo registado pelas empresas que integram o top 100. O segmento com melhor desempenho é o de cosméticos e fragrâncias (aumento de 16,1% nas vendas).
França, por seu turno, foi o mercado com o crescimento mais significativo nas vendas (18,7%) de bens de luxo – todas as grandes empresas do sector estão presentes neste país. No geral, a Deloitte descreve como positivo o crescimento do mercado de artigos de luxo, apesar da desaceleração económica verificada em geografias como China e Zona Euro. Em breve, o mesmo abrandamento deverá atingir os EUA.
«Portugal, apesar de não figurar no top 100, regista ao longo dos últimos anos um aumento da presença de grandes grupos de bens de luxo na capital, sendo a Avenida da Liberdade o destino de eleição para compras de luxo», comenta avança Pedro Miguel Silva, associate partner de Retail & Consumer Products da Deloitte Portugal.
A nova classe média
O mesmo estudo da Deloitte revela que, até 2020, mais de 50% dos consumidores de marcas de bens de luxo serão considerados classe média e que o mercado continuará a crescer para acomodar essa nova classe em ascensão. Millennials e Geração Z com disponibilidade financeira, especialmente com origem em economias emergentes, dominam esta fatia de mercado.