Marcas aumentam investimento em influenciadores apesar das más experiências

No próximo ano, 46% das empresas dedicadas a Bens de Grande Consumo deverão dedicar 31 a 50% dos seus orçamentos de Marketing a influenciadores. Trata-se de um aumento significativo face à média de 20% verificada entre 2018 e 2020.

A previsão é da Kroll, que inquiriu cerca de 900 gestores de Marca e Marketing dos EUA, Europa e Médio Oriente. As respostas obtidas permitem ainda indicar que 8% irá alocar 70% do orçamento de Marketing a influenciadores.

Segundo a Kroll, reportada pelo The Drum, os gastos médios anuais por influenciador entre as marcas de Bens de Grande Consumo, a nível mundial, situa-se nos 22.151 dólares (cerca de 18.768 euros).

Quanto ao número de influenciadores com que cada marca colabora, os números apontam para um portefólio de 51 a 100 parceiros em simultâneo em 45% das marcas analisadas.

A aposta nos influenciadores digitais acontece apesar de muitos responsáveis admitirem coleccionar algumas experiências menos positivas: 85% dos inquiridos garante mesmo já ter sido de alguma forma impactado negativamente através da associação a um influenciador; 24% já foi alvo de uma situação destas mais do que uma vez.

E em termos monetários? 25% das empresas de Bens de Grande Consumo indica já ter perdido entre 100 e 250 mil dólares (85 e 212 mil euros) graças a uma relação tóxica.

«As empresas passam anos a criar marcas em cima de uma base de confiança e lealdade, caraterísticas que são difíceis de conseguir mas que podem ser perdidas rapidamente, e que podem ser difíceis de reconquistar», lembra Benedict Hamilton, MD da unidade Business Intelligence & Investigations da Kroll.

De acordo com o especialista, um incidente negativo pode resultar em danos reputacionais com efeitos a longo prazo e consequências comerciais. «Vemos uma procura crescente por parte das marcas relativamente a investigar a actividade online dos influenciadores e a identificar assuntos potencialmente sensíveis», acrescenta.

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