Marcas: atenção aos anúncios emocionalmente indisponíveis

O futuro da publicidade é emocional. Perante esta realidade, apontada por Chris Keune, director Data Product da Kargo, a questão que se impõe é: estão as marcas a criar anúncios emocionalmente indisponíveis?

Segundo Chris Keune, num artigo de opinião publicado na AdAge, o propósito de grandes conteúdos é criar uma resposta emocional: «Uma pessoa inspira-se quando lê algo motivacional, ou fica zangada quando vê um telejornal mais intenso», indica o responsável, acrescentado que «se queremos que os anúncios tenham um bom desempenho, então eles precisam de se tornar mais humanos».

A estratégia para atingir este objectivo passa por analisar e, eventualmente, mudar alguns comportamentos. Por um lado, é necessário perceber se os anúncios estão a distrair os consumidores. Em ambiente online, por exemplo, banners que gritem as suas mensagens ou anúncios de 15 segundos que nada tenham a ver com o vídeo a que o utilizador quer aceder são «mensagens emocionalmente indisponíveis». São conteúdos como estes que fazem as pessoas não gostar de publicidade.

Uma solução possível envolve aquilo a que o director da Kargo chama de «emotional targeting», que permite às marcas criar anúncios mais empáticos. «Oferece às marcas uma nova alavanca para comunicar com as suas audiências de uma forma mais natural e humana», indica o responsável, revelando ainda que os anúncios que criam uma resposta emocional funcionam três vezes melhor do que os outros.

Mas, atenção, nem todas as marcas devem apostar no mesmo tipo de emoções. A área do Grande Consumo poderá beneficiar de conteúdos felizes e bem-humorados, ao passo que as Telecomunicações terão mais a ganhar com emoções como incerteza e suspense.

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