Maioria dos jornalistas está contra o corte de publicidade na RTP
78% dos jornalistas inquiridos pela “Sonda + M / Central de Informação” estão contra o corte de publicidade na RTP. A maioria (65%) acredita que a medida pode colocar a sobrevivência da estação em causa. Mas do lado de quem concorda (22%), a resposta mais repetida prende-se com a convicção de que o serviço público não deve ser “financiado por publicidade”.
No entanto, e apesar da discordância relativamente a esta medida, o Plano de Ação para a Comunicação Social, apresentado na semana passada pelo Governo, é aprovado pelo painel. 61% dos inquiridos considera o documento “positivo”, com 4% a classificá-lo mesmo como “muito positivo”, precisamente a mesma percentagem que o classifica como “muito negativo”. 9% considera que o Plano não terá impacto e 22% diz ser “negativo”.
Já no que se refere às medidas mais positivas do documento, 31% aponta o “desconto de 50% nas assinaturas digitais” como a mais relevante. Segue-se o “prémio de contratação de jornalistas” e a “oferta de uma assinatura a estudantes do secundário”, referidas, cada uma, por 22% dos jornalistas do painel.
O “reforço do capital público na Lusa” é apontado por 9 %. Segue-se, com 4% cada, a “distribuição de jornais no interior do país”, o “aumento do porte pago” e a “integração das plataformas digitais nas soluções para o setor”.
Os dados surgem como resultado da terceira edição da “Sonda + M / Central de Informação”, barómetro de media composto por 49 jornalistas portugueses em cargos de edição/chefia, de mais de 30 órgãos de comunicação social portugueses de âmbito nacional. O período de auscultação desta edição decorreu entre 9 e 15 de outubro de 2024 e obteve uma taxa de resposta de 47%. A Sonda é uma iniciativa do +M, do universo Eco, e da Central de Informação.