Maioria das pessoas no Mundo espera um ano mais complicado a nível económico
A maioria das pessoas a nível mundial espera um ano conturbado em 2024. Oito em cada dez cidadãos de todos os continentes temem uma possível guerra nuclear, avaliando o risco como moderado ou alto. A maioria também espera dificuldades económicas em vez de prosperidade no próximo ano, embora o pico do pessimismo económico tenha passado com a Covid-19.
As conclusões são da análise de fim de ano da Associação Gallup International (GIA), sendo que em Portugal o estudo foi realizado pela Intercampus.
De acordo com os dados, um quarto das pessoas em todo o Mundo espera um 2024 mais pacífico, mas dois em cada cinco esperam o oposto. Quase todos os outros esperam o mesmo que antes.
Na Ucrânia, 26% dos inquiridos espera um ano mais pacífico, 33% mais conturbado e 36% o mesmo. Na Rússia, as quotas são de 12% mais pacífico, 35% mais conturbado e 29% o mesmo. Em geral, o Ocidente parece preocupado. No lado oposto, encontram-se mais países do Sul e do Oriente, como o Afeganistão e a Indonésia atingindo até 68% de quotas de expectativas positivas em termos de paz e guerra.
Países como Alemanha, EUA, Rússia mostram alguma melhoria nas expectativas em comparação com o final de 2022, embora permaneçam preocupados. Países como o Irão, por exemplo, não são pessimistas, a Índia é claramente positiva e países do Sul, por exemplo, são tradicionalmente otimistas. A Europa, pelo contrário, continua não tão positiva, com as exceções felizes das comunidades albanesas. Notavelmente, a Arábia Saudita mostra 84% de expectativas positivas. Em Portugal, 29% dos inquiridos está otimista em relação a um ano melhor e 44% considera que não teremos um ano melhor.
As expectativas económicas também revelam sinais de alívio, mas são bastante fracos: 39% espera um ano de mais dificuldades económicas, o que é nove pontos menor do que há doze meses. As expectativas de prosperidade ou, pelo menos, de ausência de mudanças, por outro lado, indicam algum aumento, mas o pessimismo ainda prevalece. Em Portugal, as expectativas económicas são prósperas para 17% dos inquiridos e pessimistas para 63%. Para 19% dos inquiridos será igual.