LVMH continua a crescer graças ao mercado asiático

LVMHA resiliência da indústria de bens de luxo perante o complicado contexto económico, no ano passado, foi reiterada pelo grupo de luxo LVMH, que registou um crescimento de vendas e receitas graças, mais uma vez, aos consumidores asiáticos.

O Grupo detentor de produtos de insígnias como Louis Vuitton, Dom Pérignon e Dior atingiu, no ano passado, vendas de 23,7 mil milhões de euros, um crescimento de 14% face ao período homólogo. O resultado líquido, por sua vez, cifrou-se nos 3,1 mil milhões de euros, um crescimento de 1% face ao exercício do ano anterior. No entanto, a serem excluídos os ganhos extra de 735 milhões de euros de 2010, fruto da aquisição de 17% do capital da Hermès, o crescimento homólogo foi de 34%. Desde esta operação, a participação da LVMH cresceu para os 22%, apesar dos pedidos feitos pela Hermès para a gigante liderada por Bernard Arnault se retirar do seu capital. A família que controla a Hermès considerou a estratégia da LVMH como um “ataque”, e criou recentemente uma holding familiar, com o intuito de dificultar ao grupo a aquisição de acções no mercado.

«Desculpem-me por ser repetitivo, mas nós tivemos um excelente ano, o ano passado, como em 2010, e como esperamos ter em 2012», referiu o presidente e CEO Bernard Arnault.

O responsável mostrou-se “francamente confiante” em relação ao corrente ano e às intenções da LVMH em «fortalecer a sua posição de líder global nos produtos de elevada qualidade», avança o Financial Times.

Na Ásia o grupo assistiu a um crescimento de 27% nas vendas, excluindo o mercado japonês, onde se manteve estável. Aos EUA coube um crescimento de 18% e à Europa de 7%. Os lucros e as vendas na divisão de relógios e joalharia duplicaram, fruto da aquisição da italiana Bulgari em 2011, num negócio avaliado em 3,7 mil milhões de euros. Em termos homólogos, os lucros operacionais da divisão cresceram 41%, para os 265 milhões de euros.

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