Lucros da TomTom derrapam 97%

Tomtom-redimensionadaA TomTom, maior fabricante europeia de sistemas de navegação, anunciou hoje que obteve um resultado líquido de 3 milhões de euros no quarto trimestre de 2013, o que representa uma quebra de 97% em relação aos 99 milhões de euros arrecados no período homólogo do exercício anterior.

No período em análise, as receitas da companhia deslizaram 7%, em termos homólogos, para 268 milhões de euros, com destaque para a quebra nas áreas de consumo (-12%) – a área mais rentável, que inclui os sistemas portáteis de navegação – e licenciamento de mapas (-14%). Já o EBITDA (resultados antes de juros, impostos, depreciações e amortizações) recuou 37%, para 33 milhões de euros, enquanto a margem EBITDA passou de 18 para 12%.

A TomTom atribuiu a performance à quebra do consumo no mercado automóvel global e à crescente concorrência por parte dos fornecedores de mapas gratuitos, onde se destacam a Google e a Apple. Recentemente, a companhia tem procurado consolidar a sua oferta para os sistemas de navegação nativos dos automóveis, mas este é um mercado dominado pela Nokia, sobretudo depois de ter vendido a sua unidade de telemóveis à Microsoft.

Ainda assim, o mercado automóvel representou já uma fatia significativa (20%) das receitas globais da TomTom em 2013. De resto, a companhia fez saber que pretende aumentar este ano em 17% o investimento em software de navegação e mapeamento, para um total de 100 milhões de euros. «No mercado automóvel, tudo leva o seu tempo. Só a partir de 2015 é que vamos começar a ver um crescimento significativo das receitas», vaticina em comunicado Harold Goddjin, CEO da TomTom.

No que diz respeito aos resultados consolidados de 2013, a TomTom obteve um resultado líquido de 20 milhões de euros, menos 84% em relação aos 129 milhões de euros encaixados em 2012, enquanto as receitas recuaram 9%, para 963 milhões de euros. A empresa prevê chegar ao final deste ano com receitas a rondar os 900 milhões de euros.

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