Lucros da PepsiCo com crescimento tímido
A gigante do sector das bebidas PepsiCo obteve um resultado líquido de 1,91 mil milhões de dólares (cerca de 1,42 mil milhões de euros) no terceiro trimestre do ano, o que representa uma subida de 0,6% em relação ao período homólogo do ano passado. Os resultados foram impulsionados pelo crescimento do negócio de snacks, que ajudou a compensar a quebra das vendas de refrigerantes nos EUA.
O negócio dos refrigerantes representa agora cerca de 40% das vendas de bebidas da PepsiCo no mercado doméstico, o norte-americano, o que compara com um peso superior a 50% há uma década. A categoria tem vindo a cair cerca de 3% por ano, à medida que os consumidores procuram opções mais saudáveis e naturais, justificou Indra Nooyi, CEO da companhia. «Nos últimos seis a nove meses, houve um declínio acelerado nas [vendas de] bebidas diet, o que significa que as pessoas nem sequer querem adoçantes artificiais. O decréscimo nesta categoria tem sido um pouco mais rápido do que esperávamos», admitiu Indra Nooyi, citada pela agência Reuters.
Como é que a companhia espera inverter a situação? «É importante que nos próximos dois ou três anos consigamos desenvolver» inovações como um novo adoçante mais natural e menos calórico, aponta a CEO.
As vendas globais da companhia cresceram 1,5% para 16,9 mil milhões de dólares (12,5 mil milhões de euros), impulsionadas pelo crescimento de 3% das vendas (em volume) de snacks, contra o aumento de apenas 1% no segmento de bebidas. Na Europa, o negócio de bebidas recuou 4%.
Já no continente americano, a companhia registou uma subida de 7% das vendas (em volume) de snacks (como Frito-Lay). Por outro lado, as receitas da unidade de bebidas caíram 1,5% no mesmo território, com o volume de vendas a recuar 4%.
A quebra da área de negócios de bebidas está a reacender o debate sobre se a PepsiCo deveria fazer o spin-off desta unidade. Em Julho passado, o investidor Nelson Peltz, um dos accionistas da PepsiCo, afirmou publicamente que a companhia deveria aquirir a Mondelez International (dona de marcas como Oreo) e separar a unidade de bebidas do resto.