Lucros da EDP recuam 3,5% até Setembro

A EDP obteve um resultado líquido de 795 milhões de euros nos primeiros nove meses do ano, o que representa uma quebra de 3,5% em relação aos 824 milhões de euros acumulados em igual período do ano passado.

Entre Janeiro e Setembro, o EBITDA (resultados antes de juros, impostos, depreciações e amortizações) consolidado da empresa caiu 1,2% em termos homólogos para 2,74 mil milhões de euros. O resultado reflecte sobretudo os efeitos da quebra de 28% da actividade no Brasil para 397,4 milhões de euros, compensada pelo aumento de 23% no negócio eólico (a cargo da EDP Renováveis) para 674,7 milhões de euros, explica a EDP num comunicado divulgado pela Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

No período em análise, os custos operacionais líquidos do grupo subiram 3,8% para 1,36 mil milhões de euros. O resultado líquido do grupo foi ainda penalizado por um aumento de 13% dos impostos pagos, que totalizaram 273,1 milhões de euros nos primeiros nove meses do ano.

O investimento operacional da empresa liderada por António Mexia caiu 11% para 1,2 mil milhões de euros, enquanto a dívida líquida aumentou em 1,3 mil milhões de euros, para 18,2 mil milhões de euros.

EDP Renováveis aumenta lucros em 48%

Nos primeiros nove meses do ano, o resultado líquido da EDP Renováveis cresceu 48% em termos homólogos para 93 milhões de euros.

Em termos comparáveis, o resultado líquido da empresa liderada por Manso Neto aumentou 31% para 94 milhões de euros. Este ajustamento contempla a extensão da vida útil dos projectos para 25 anos, o reconhecimento de impostos diferidos nos Estados Unidos da América, diferenças cambiais, mais-valias, utilização de provisões e abates/imparidades, explica a EDP Renováveis em comunicado divulgado pela CMVM.

As receitas da empresa aumentaram 22% nos primeiros nove meses do ano para 936 milhões de euros. Os resultados foram sobretudo impulsionados pelo aumento de 11% em termos homólogos da produção de electricidade, para 13,3 Twh, bem como pela subida de 11% do preço médio de venda.

Entre Janeiro e Setembro, o EBITDA da EDP Renováveis cresceu 23% para 675 milhões de euros. Os custos operacionais aumentaram 19% para 282 milhões de euros.

No período em análise, a dívida líquida da empresa atingiu 3,5 mil milhões de euros, mais 120 milhões de euros em relação ao período homólogo.

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