Louis Vuitton usou obras de arte em campanha sem autorização. Agora está em apuros

A Louis Vuitton parece estar em apuros, depois ter feito uso de obras de arte da pintora norte-americana Joan Mitchell numa das suas mais recentes campanhas, que promove as malas Capucine.

Em comunicado, a Joan Mitchell Foundation afirma ter enviado uma carta à marca de luxo francesa a pedir a retirada imediata de todas as formas publicitárias que incluem os quadros da artistas, digital e físico, uma vez que reproduz ilegalmente e faz uso indevido de três trabalhos de Joan Mitchell para promover os produtos Louis Vuitton.

No mesmo documento, a organização revela que no final de 2022 a marca abordou a JMF no sentido de pedir autorização para utilizar as pinturas de Joan Mitchell numa futura campanha. O pedido foi recusado por escrito, uma vez que as imagens da sua obra só devem ser usadas para propósitos educacionais. “A Louis Vuitton, subsequentemente, reiterou a requisição que foi recusada diversas vezes”.

De acordo com a Design Taxi, e alegadamente, o Chief Executive da insígnia, Bernard Arnault, ofereceu uma doação à fundação em troca dos direitos de utilização dos quadros nos anúncios. Contudo, a iniciativa não teria o efeito desejado, mas a Louis Vuitton parece ter avançado na mesma com o seu desejo.

O New York Times revela ainda que nas imagens da campanha, protagonizada pela actriz Léa Seydoux, incluem-se as obras “La Grande Vallée XIV (For a Little While)” (1983), “Quatuor II for Betsy Jolas” (1976) e “Edrita Fried” (1981). Estas foram cortadas e coladas digitalmente no produto final publicitário.

A Louis Vuitton ainda não se pronunciou oficialmente sobre o assunto, embora não seja possível encontrar vestígios da campanha nas redes sociais da marca. A JMF assegura que caso a insígnia não coloque um ponto final nesta publicidade procederá para tribunal.

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