Lojas vêem vendas cair 51% sem saldos

A Associação de Marcas de Retalho e Restauração (AMRR) revela hoje que a proibição dos saldos levou a uma queda de 51,2% das vendas por parte dos lojistas em Portugal. Um inquérito realizado junto de dos associados – que representam 3500 espaços comerciais e de restauração – dá conta de uma descida acentuada entre os dias 26 e 31 de Dezembro do ano passado, quando comparado com o período homólogo de 2019.

“Estes números confirmam que esta medida se revelou injusta e desadequada, sem efeitos na contenção pandémica e com prejuízos muito significativos para os consumidores e para as empresas”, aponta a AMRR em comunicado. Recorde-se que a proibição dos saldos até 9 de Janeiro foi anunciada pelo Governo como forma de conter a propagação do novo coronavírus após a quadra festiva.

A AMRR apela, porém, a uma “revisão urgente das medidas impostas ao comércio, à restauração e aos cinemas”, recordando o esforço que as empresas têm feito no sentido de garantir todas as condições de segurança e higiene nos espaços comerciais. A associação propõe mesmo “que, com efeitos imediatos, volte a ser permitido aos lojistas promoverem saldos”.

«Estes números vêm confirmar os nossos receios relativamente ao impacto da proibição dos saldos. As empresas mantiveram a sua estrutura de custos intacta, mas as receitas caíram a pique. Este período é especialmente importante para as empresas e consumidores e é fundamental que a medida de proibição dos saldos termine», sublinha Miguel Pina Martins, presidente da AMRR.

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