Lojas portuguesas inflaccionaram preços antes da Black Friday (actualizada)

Nos dias que anteciparam a Black Friday, assinalada a 27 de Novembro, as lojas portuguesas decidiram aumentar os preços para, depois, poderem apresentar descontos mais atractivos aos consumidores. Segundo a DECO, registou-se uma subida, em média, de 10% nos 1862 produtos que analisou em lojas online.

Em marcas como Worten, Rádio Popular e Fnac, o preço durante a sexta-feira negra foi superior ao praticado nos 10 dias anteriores, afirma a Associação para a Defesa do Consumidor. No El Corte Inglés e na Phone House também foram encontradas irregularidades, contudo, nem todos os exemplos são negativos já que na Box Jumbo e na Staples a DECO não verificou preços inflaccionados.

Em alguns casos, a subida de preços chegou aos 700 euros, com destaque para a Worten, onde o televisor LG 55UF770V passou de 1099 euros para 1799 euros para ser, depois, vendido na Black Friday por 1439,20 euros. Na Rádio Popular, a DECO encontrou o mesmo tipo de comportamento: o televisor LG 32LF5610 viu o seu preço aumentado 80 euros  para depois ser vendido por  menos 40 euros no dia dos descontos.

A DECO informa ainda que denunciou a situação à ASAE e à Direcção-Geral do Consumidor, “solicitando que estas sancionem as empresas em causa”. “As coimas podem chegar aos 45 mil euros por cada caso denunciado”, conclui.

Relativamente ao exemplo do televisor da Worten referido pela DECO, a insígnia da Sonae esclarece, em comunicado, que o artigo tinha estado em promoção anteriormente, o que justifica o preço mais baixo nos dias que antecederam a Black Friday. A Worten acrescenta que finda a promoção, o televisor voltou ao seu preço habitual para ver, depois, o seu custo novamente reduzido no período de 27 a 29 de Novembro.

Durante estes dias, continua a marca, os clientes tiveram a oportunidade de adquirir qualquer produto das lojas com um desconto de 20% e avança que apenas um televisor do modelo referido pela DECO foi vendido.

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