Lisboa vai ter um mercado solidário onde pode comprar, vender ou doar a sua roupa
O número 4 da Rua Passos Manuel, em Arroios, vai acolher este sábado um pop up com vendas de roupa em segunda mão. Tudo o que não for vendido será entregue a associações que dão apoio a sem abrigo e refugiados.
Chama-se “The Ghost Of Future Fashion” e é uma iniciativa organizada por Leonor Bettencourt Loureiro, realizadora e produtora, em parceria com a Fashion Revolution Portugal. E vai ser uma montra de roupa vintage e em segunda mão de ilustres desconhecidos, alguns artistas e influenciadores. Tudo pela “prática do desapego, ter menos e melhor, ajudar quem mais precisa e ser mais sustentável”, escreve a realizadora, num comunicado de imprensa.
A logística de venda está entregue a Leonor e à sua equipa que vão estar ao longo do dia atrás das bancas de roupa. Os preços das peças estão fixados nos 5€, 10€, 15€, 20€, 25€ e os 50€, sendo que 60% dos lucros vão para quem entregou as peças, e os restantes 40% para cobrir as despesas do evento. Tudo o que sobrar de roupa será doado à Comunidade Vida e Paz, que as fará chegar a sem abrigos.
Se estiver interessado apenas em doar as peças, pode fazê-lo também e, nesse caso, mantém-se a percentagem para as despesas, mas os 60% do dinheiro do que for vendido será também doado à Comunidade Vida e Paz, assim como as peças que sobrarem e não forem vendidas.
Para além da venda de roupa em 2ª mão e vintage, o evento vai contar ainda com uma programação de momentos criativos e que irão dinamizar o evento como: a ilustração da montra da loja à volta do tema pela ilustradora Mafalda Slam, DJ sets por várias figuras conhecidas da zona de Arroios, merchandise de artistas e talks sobre sustentabilidade na Indústria da Moda conduzidas por Maria Galvão Sousa (nome reconhecido dentro do panorama de moda sustentável), com participação da Catarina Querido (fundadora dos ANJOS 70 e do Art & Flea Market) e da organização de referência Fashion Revolution.
O pop-up está aberto entre as 11 e as 21 horas deste sábado. “Correndo muito bem gostaria que fosse uma tradição anual nesta mesma altura”, afirma Leonor Bettencourt Loureiro.