Lembra-se do jornal 24 horas? Pode estar para breve o regresso
Na semana passada, vou avançado por um orgão de comunicação nacional que o tablóide 24 horas, extinto em 2010 e que pertencia à Controlinveste, iria regressar ao mundo das notícias pela mão de José Paulo Fafe.
Ora, contactado pela Marketeer, o empresário, que é detentor do título, revela que, “apesar de ter conhecimento dessa situação” não será ele a “ressuscitar” o jornal. Na verdade, Fafe acrescenta que “fui contactado, uma vez que sou proprietário do título, porque existem, de facto, pessoas interessadas em fazer regressar o 24 horas, ainda que num modo digital.”
O empresário não revelou quem são os interessados nem acrescentou mais dados.
Recorde-se que o 24 horas foi lançado para as bancas em maio de 1998, pelas mãos de José Rocha Vieira, também fundador do Tal e Qual, e teve como diretores nomes como Alexandre Pais, e chegou a bater-se nos números de venda em banca taco a taco com os diários de referência.
Contudo, os últimos dados em banca, em Fevereiro de 2009, o 24 Horas tinha uma circulação paga de 33.814 exemplares, e no ano seguinte desceu para menos de metade, para 16.435. Este orgão foi das primeiras vítimas da crise da imprensa nos media portugueses e o primeiro a fechar depois do encerramento, em 2005, de A Capital e de O Comércio do Porto.
O jornal esteve no centro das atenções em 2006, no âmbito do caso que ficou conhecido como “Envelope 9”, referente ao processo do caso da Casa Pia. A 15 de Fevereiro de 2006, o Ministério Público e a Polícia Judiciária invadiram a redação e apreenderam computadores dos jornalistas que investigavam o caso do envelope associado ao processo que continha registos detalhados de chamadas telefónicas de mais de duas centenas de personalidades da vida pública portuguesa, bem como titulares de órgãos de soberania, incluindo do Presidente da República de então, Jorge Sampaio.