Kellogg’s já não é só cereais

Os consumidores estão mais preocupados com aquilo que comem, com a origem dos ingredientes, com a sustentabilidade dos processos de produção, com os níveis de açúcar, sal e gorduras. Esta preocupação faz com que algumas categorias de alimentos sofram quebras na procura, como acontece com os cereais.

A Kellogg’s, por exemplo, viu as vendas caírem de 3,32 mil milhões de dólares (cerca de três mil milhões de euros) para 3,22 mil milhões de dólares (2,94 mil milhões de euros) no último trimestre de 2019, face ao homólogo anterior. Segundo reporta o The Wall Street Journal, um recuo de 2% nas vendas de marcas como Special K e Corn Flakes justifica o resultado: a empresa diz que a culpa é da concorrência externa no campo da comida de pequeno-almoço.

Ciente do problema, a Kellogg’s está a apontar a outros tipos de produtos, nomeadamente snacks e alternativas vegetarianas. Segundo adianta a mesma publicação, a nova vida da marca de cereais envolve, entre outros, carne “falsa”. Diz a Kellogg’s que os seus produtos congelados, incluindo as opções à base de vegetais da insígnia MorningStar Farms, registaram um salto de perto de 5% nas vendas, na América do Norte. No mesmo sentido, os produtos da categoria de snacks, como Pop-Tarts, também registaram resultados positivos.

Apesar dos contratempos e da descida na receita conquistada através das vendas, a Kellogg’s fechou o quarto trimestre do ano passado com um lucro de 145 milhões de dólares (aproximadamente 132,5 milhões de euros). Em 2018, tinha tido um prejuízo de 84 milhões de dólares (76,7 milhões de euros).

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