Jovens e grandes empresas dão mais importância ao ESG

Num Mundo em constante mudança, as marcas não escapam aos efeitos por ela trazidos. Para colmatar essa incerteza, surgiu nos últimos anos o ESG (Environment, Social, Governance) como uma evolução da tradicional responsabilidade social corporativa (CSR). Mas qual é o impacto que o ESG tem no valor do negócio das organizações/marcas?

Um novo estudo da OnStrategy revela que a respostas é: tem uma grande relevância para os diferentes públicos (72%), mas são os cidadãos mais novos (88% dos jovens entre os 18 e os 24 anos) e as grandes organizações (83%) que lhe atribuem mais importância.

O decréscimo de relevância que se verifica nos cidadãos mais adultos e nas empresas mais pequenas resulta principalmente do facto de se julgarem mais incapazes de actuar sobre os temas associados ao ESG, conclui o estudo.

Além disso, e considerando que as dimensões de análise respeitantes ao ESG fazem parte da reputação dos sectores de actividade e das suas marcas, foram analisadas 10 indústrias (banca, seguros, energia, telecomunicações, tecnologia, retalho, bens de grande consumo, saúde, lazer e luxo), verificando-se que, em média, a reputação representa aproximadamente 36% da força das marcas e 22% do valor financeiro do negócio.

Destas, destaca-se a indústria do luxo com 39% e 36%, respectivamente, no que respeita à força de marca e ao valor financeiro de negócio. Por outro lado, é nos sectores de energia, tecnologia e saúde onde se registam os maiores crescimentos neste período temporal.

E de acordo com a contribuição que a força de marca tem para o valor financeiro do negócio em cada sector de actividade, os dados demonstram que o impacto do ESG no valor do negócio das organizações/marcas reduz-se a 5% (mais 2 pontos percentuais desde 2012). Mesmo sendo os valores muito homogéneos, banca e telecomunicações (10% e 9%, respectivamente) destacam-se como os sectores de actividade em que a contribuição de ESG para o valor financeiro do negócio é maior. Energia, Telecomunicações, Tecnologia e Saúde registam o maior crescimento no período dos últimos 10 anos.

Por fim, conclui-se que apesar da grande notoriedade e relevância que o ESG tem para os diferentes públicos, e apesar de se registar um ganho dessa mesma relevância nos últimos 10 anos, verifica-se, contudo, que o seu contributo para a construção do valor financeiro dos negócios ainda é bastante reduzido por ainda não ser um estímulo de compra.

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