João Lobo: «A Renascença sente a responsabilidade que tem hoje, neste inédito tempo»

O que ficará depois deste “buraco negro” do novo coronavírus? Que marcas iremos ter? E como é que passarão a estar e a comunicar? Não sendo possível qualquer previsão clara e certa, fomos, contudo, tentar perceber de que forma é que algumas das maiores empresas e marcas em Portugal estão a reagir e como esperam sair do momento mais crítico de todos os tempos, a nível mundial. Vamos todos dar a volta?

João Lobo, Marketing manager do Grupo Renascença Multimédia

1 – O que está a ser feito, neste momento, para que a sua marca não perca relevância?

Neste curto espaço de tempo, adaptámos a nossa actividade muito rapidamente, como só a rádio pode e sabe fazer. Protegemo-nos e salvaguardámos as nossas pessoas, mas também a nossa actividade. Quase todas as pessoas foram trabalhar para casa. E todos os programas se mantiveram sem falhas, a ser feitos “live” desde casa dos nossos profissionais, num esforço técnico incrível e muito bem-sucedido.

Acelerámos a velocidade de informação. Aprofundámos a análise dos temas informativos relacionados com a crise. Criámos fóruns de esclarecimento, conteúdos para ajudar quem está em casa a proteger a saúde, a estudar, e para entreter e divertir mais jovens e mais velhos. Intensificámos a utilização do digital, articulado com as emissões “ON AIR”, e com promoção multiplataforma, para que o que fazemos possa ser útil a quem nos escolhe, em qualquer altura, onde quer que esteja.

Apoiamos e incentivamos iniciativas solidárias tão importantes neste momento. Sem nunca esquecermos os necessários e, para quem tem fé, indispensáveis momentos de oração.

Ajudamos a desenvolver acções de comunicação específicas de marcas e parceiros com quem estamos comprometidos a colaborar, para ultrapassar em conjunto esta circunstância difícil para todos.

A Renascença numa vertente mais informativa, mas também educativa e inspiracional, a RFM e a Mega Hits numa abordagem de entretenimento, mas sem esquecer a informação indispensável, estão relevantes como nunca, pois vivem intensamente a missão do momento: ajudar todos a vencer este desafio. A actual relevância da Renascença, RFM e Mega Hits é fruto de muitos anos de trabalho e permanente atenção aos nossos públicos. Vivemos sempre, 24 horas por dia, 7 dias por semana, 365 dias por ano a nossa missão de informar, explicar, mostrar, entreter, animar e inspirar. É um trabalho de pessoas para pessoas, feito sempre a pensar em quem nos ouve, lê, vê. Sabemos que somos importantes para quem nos escolhe e sentimos a responsabilidade que temos hoje, neste inédito tempo. Estamos a usar toda a nossa capacidade e experiência de muitos anos, para ser ainda melhores no desempenho do nosso papel.

2 – E depois deste “buraco negro”, a sua marca será a mesma?

O cenário é sombrio, concordo. Mas não é um buraco negro. Não nos vai destruir. Embora seja um evento com avassaladora capacidade de destruição, está antes a gerar uma intensa e acelerada aprendizagem. Vamos sair dele mais fortes, mais ágeis e a valorizar mais o que temos e o que fazemos.

Depois disto vamos conseguir fazer mais e melhor. Vamos, como já antes referi, sair mais próximos das marcas nossas parceiras que connosco fazem acontecer a rádio, nas suas diversas plataformas. E vamos estar ainda mais próximos de todos os que confiam na rádio para se informar e divertir.

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