Jerónimo Martins prepara-se para arrancar na Colômbia

No próximo mês de Março o grupo Jerónimo Martins dará início à sua operação na Colômbia. Este será o terceiro mercado em que a empresa de distribuição, detentora das marcas Pingo Doce e Biedronka, irá investir.

Alexandre Soares dos Santos, presidente do grupo e líder da família que reclama 56% do capital da holding de distribuição, afirmou em conferência de imprensa que serão inauguradas, no mercado colombiano, entre 30 e 40 lojas.

Ainda assim, o arranque não será feito na capital daquele país, Bogotá. «Primeiro queremos comprovar que o sortido de produtos funciona, qual é o comportamento dos consumidores, para, uma vez que o saibamos, tentar crescer a um ritmo razoável», afirmou o responsável, citado pelo Jornal de Negócios.

O objectivo da empresa liderada por Alexandre Soares dos Santos é ser «a primeira ou segunda cadeia mais importante» na Colômbia, garantiu o próprio, reforçando que no espaço de dois ou três anos a presença da companhia estará consolidada no país, «para o bem ou para o mal». Nessa altura, «será o momento para expandirmos», reforçou.

Alexandre Soares dos Santos adiantou ainda na conferência, citado pela agência EFE, que a Jerónimo Martins «dificilmente» apostará noutros mercados, num futuro próximo. De qualquer forma, o presidente mostrou intenção de dar continuidade à política de internacionalização da empresa, mesmo que a estratégia passe por «não entrar em muitos países». O Brasil é um dos mercados que está na calha.

Como recorda o Jornal de Negócios, a Jerónimo Martins entrou no Brasil no final do séc. XX e abandonou o mercado em 2002. Nesse período desinvestiu ainda no Reino Unido e na Polónia onde, além da Biedronka – que ainda hoje responde por mais de 50% das receitas – tinha hipermercados e actividade grossista. Era o caso da Eurocash, por exemplo, que um grupo de quadros adquiriu, cotando posteriormente na praça bolsista de Varsóvia.

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