Já conhece a Peoople? Tudo o que precisa de saber sobre a nova app
Recebeu uma mensagem de um amigo com um link para se inscrever numa aplicação chamada Peoople e não sabe do que se trata? Ao longo das últimas semanas, têm-se multiplicado as partilhas e as menções a esta plataforma – incluindo noutras redes sociais -, mas a divulgação não tem ido muito além disso.
Eis o que se sabe: a Peoople nasceu em Espanha em 2017, mas só agora parece estar a conquistar a atenção dos portugueses – apenas recentemente foi traduzida para português e inglês. A aplicação móvel encontra na influência a sua base, convidando os utilizadores a fazerem recomendações e a partilharem com os seguidores aquilo que consomem, desde iogurtes ou perfumes a restaurantes, livros ou filmes. Cada uma das recomendações tem um link associado que permite comprar o produto ou fazer uma reserva, por exemplo.
A aplicação tem ainda uma vertente de monetização. Uma das razões pelas quais tem ganho popularidade está relacionada com a possibilidade de fazer dinheiro através da plataforma. Paulo Sousa, youtuber português que começou a utilizar a Peoople recentemente, conta num vídeo que são três as formas possíveis de rentabilizar a presença na app: através das interacções (visitas ao perfil, por exemplo); ao levar pessoas para a aplicação; ou através de comissões de vendas. Isto significa que influenciadores cujas partilhas de produtos resultem em vendas podem receber uma comissão.
Em cerca de dia e meio, Paulo Sousa diz ter somado 77 euros só graças a interacções. Conta ainda que conhece casos de pessoas que já ganharam mais de 600 euros através da aplicação.
Para ganhar dinheiro é preciso subir de nível. Como se de um jogo se tratasse, a Peoople apresenta quatro níveis de utilizadores, sendo que todos começam como Rookie. Assim que forem cumpridos os primeiros desafios, passam a Influencer e é aí que começam a poder somar alguns euros. Unicórnio e Star são os níveis que se seguem – mais difíceis, mas também mais rentáveis.
Para saber quanto já ganharam, os utilizadores devem aceder à Walltet, uma espécie de carteira virtual através da qual são processados os pagamentos. Mas, atenção, apenas é possível resgatar os ganhos (através de transferência bancária) a partir de 10 euros acumulados.
O dinheiro distribuído pelos utilizadores chega à Peoople através das marcas que querem estar presentes na plataforma. Algumas delas chegam mesmo a formar parcerias com influenciadores.
No mesmo vídeo, o youtuber explica outra das razões pela qual a Peoople parece ser uma mais-valia. Em Espanha, influenciadores com milhões de seguidores tinham de estar sempre a fazer stories com swipe up no Instagram para responder a perguntas sobre o que estavam a usar ou onde estavam, por exemplo. A Peoople parece ser uma forma mais organizada de apresentar todas estas sugestões ou recomendações, uma vez que assenta numa divisão por categorias – a que chama colecções.
E parece que os influenciadores não são os únicos a quem a Peoople apela. No início deste mês, a app angariou 2,5 milhões de euros através de uma ronda de financiamento e conquistou o grupo editorial e de comunicação Planeta como accionista.
De acordo com comunicado reportado pela agência noticiosa Europa Press, a ideia da ronda surgiu depois da Peoople ter fechado 2019 com um crescimento de 600% no número de utilizadores registados, ficando perto dos dois milhões só em Espanha. O plano passa por expandir no mercado latinoamericano.
A Peoople pode ser descarregada gratuitamente para dispositivos Android ou iOS. Depois, basta criar uma conta, que pode estar associada ou não a outra rede social, e começar a explorar através do separador Descobrir. Quem souber exactamente aquilo que quer pode saltar para o separador Procurar e quem quiser editar os seus dados deverá visitar o Perfil.
Texto de Filipa Almeida