Turismo 4.0: afirmação do destino pela economia digital

O turismo encontra-se numa constante necessidade de actualização e feedback, já que os consumidores se mostram cada vez mais exigentes, procurando experiências de qualidade, que nem sempre são compatíveis com sugestões massificadas

O potencial da tecnologia no processo de optimização dos destinos, nomeadamente em processos de reservas e agendamentos de actividades, fez com que Portugal, numa iniciativa do Ministério da Economia, da Secretaria de Estado do Turismo e do Turismo de Portugal, tenham definido uma estratégia de modernização da oferta turística alinhada com a indústria 4.0, promovendo a transição da actividade para a economia digital. Para potencializar o desenvolvimento de soluções, é fundamental fomentar um ecossistema de cooperação tecnológica e empresarial.

No sector turístico, o investimento no digital tem-se revelado um factor decisivo para a competitividade, apresentando novas oportunidades de renovação e de evolução sustentável do sector, capacitando os players de ferramentas e estratégias que difundem os destinos dentro e além-fronteiras. A nova abordagem do sector permite trabalhar a promoção internacional de empresas e da inovação que é feita em Portugal, bem como antecipar mudanças no futuro.

Consciente da rápida evolução do sector e da necessidade de responder às exigências, o ISAG – European Business School (ISAG – EBS) tem apostado na formação especializada e na adequação dos seus planos de estudos e metodologias de ensino. Catarina Nadais, coordenadora da Licenciatura em Turismo no ISAG – EBS (licenciatura reconhecida pelo Turismo de Portugal), explica que «para conseguirmos formar profissionais de turismo que acrescentem valor às empresas, temos de os dotar das capacidades técnicas adequadas a esta nova realidade».

Criação de Produtos e Experiências Turísticas, Gestão de e-Turismo e Marketing Turístico e Digital são alguns exemplos de unidades curriculares que «integram a nossa licenciatura em Turismo garantindo uma resposta às exigências actuais do mercado e desafiando os estudantes a questionar e criar novas soluções, tornando-os agentes activos na construção do caminho futuro do sector».

A coordenadora sublinha que, de forma a garantir a identidade de cada destino ou produto, o «turismo deve desenvolver- -se num formato equilibrado, considerando a comunidade, as preocupações ambientais e a sua sustentabilidade turística». Portugal está na travel list dos visitantes mundiais e é, por isso, fundamental que «aproveite esta oportunidade e garanta a perduração destes efeitos positivos no território, recorrendo ao potencial da era digital para a comunicação dos destinos».

A instituição de ensino superior politécnico, localizada no Grande Porto, tem procurado colocar a inovação digital na agenda do sector, partilhando com os futuros profissionais «novas realidades e estratégias que valorizam o capital humano e reconhecem o papel fundamental do turismo na recuperação económica das regiões», salienta.

Catarina Nadais destaca ainda a «importância de Portugal se reinventar, dentro e fora do contexto digital, mantendo-se atractivo e sedutor para os turistas, principalmente em destinos inexplorados do nosso território».

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