Investimento publicitário gera 2,5 mil milhões de euros em Portugal

Em 2017, o investimento publicitário em Portugal ascendeu aos 571 milhões de euros, gerando, aproximadamente, 2,5 mil milhões de euros no Produto Interno Bruto (PIB), ou seja, 1,3% do total produzido no País.

Esta conclusão, apurada no estudo APAN/Deloitte sobre o impacto da publicidade em Portugal, estima que existe um retorno de 4,39 euros em riqueza agregada por cada euro investido em publicidade.

O comércio, as indústrias farmacêutica, automóvel, de alimentação e higiene pessoal foram responsáveis por mais de 50% do investimento feito em publicidade.

A televisão continua a merecer a principal fatia do orçamento para comunicação dos anunciantes, reunindo mais de 50% do valor total investido. Quanto à publicidade digital, tem vindo a registar um crescimento de 25% ao ano e já ultrapassou, em termos de importância, os outdoors, rádio, imprensa e cinema. Em contrapartida, o investimento em imprensa escrita sofreu uma quebra de 50% no espaço de cinco anos.

Actualmente, a publicidade assume-se como a mais importante fonte de financiamento dos principais meios de comunicação em Portugal, incluindo imprensa (40%), rádio (95%) e televisão (47%).

«A publicidade tem uma importância enorme na economia e a comunicação social. É  o principal garante da polaridade de opinião e de meios de comunicação livres e independentes. Existe opinião livre porque existe publicidade. Há um grande impacto económico através da divulgação de produtos e serviços, criando, como consequência, o desenvolvimento da economia», afirma António Casanova, presidente da APAN.

Ao longo do período de cinco anos analisado no estudo (2012-2017), o investimento total em publicidade tem evoluído a um ritmo médio anual de 2,4%.

«A publicidade em Portugal, como em todos os países, está ligada à qualidade da economia. Nos últimos 40 anos, a economia em Portugal não tem corrido particularmente bem, tendo vindo a perder muitos lugares no ranking do PIB. Para 2019, não há indicadores de que a situação seja diferente, ou seja, para este ano, a publicidade crescerá ao ritmo da economia», finaliza António Casanova.

Texto de Rafael Paiva Reis

Artigos relacionados