Investimento publicitário em Saúde vai crescer 3,6%

A publicidade na área da Saúde está a crescer mais devagar do que o total do mercado. Depois de um crescimento de 3,4% em 2018, o investimento neste segmento aumentou 3,6% no ano seguinte, esperando-se um novo salto também de 3,6% este ano. As previsões são da Zenith e dão conta ainda de um crescimento de 4,3% no próximo ano.

Por outro lado, o investimento publicitário geral subiu 7,2% em 2018 e 4,8% em 2019, sendo que este ano deverá chegar a 4,3%. Para 2021, a Zenith também espera um crescimento de 4,3% nos gastos em publicidade. Isto significa que só no próximo ano é que o ritmo de crescimento será equivalente no campo da Saúde e no total da publicidade.

Segundo a Zenith, que analisou 13 dos principais mercados a nível mundial (responsáveis por 78% do investimento global), a evolução lenta dos gastos em Saúde é justificada com os custos elevados da investigação e com uma pressão constante nos preços. Os obstáculos sentidos noutros eixos fazem com que as empresas deste sector não disponham de um orçamento elevado para publicidade.

“Contudo, no longo prazo, esperamos que o envelhecimento da população global leve a uma procura maior por Saúde, enquanto novos produtos e serviços sem receita médica expandem, com a ajuda de novas tecnologias como monitorização de dados pessoais, telemedicina e Inteligência Artificial”, refere a Zenith, indicando que nessa altura os gastos em publicidade poderão acompanhar o dinamismo do sector.

A Zenith sublinha ainda que a Saúde enfrenta diferentes desafios em cada mercado, sendo uma das categorias mais voláteis: o que pode ser comunicado ou promovido em cada país varia significativamente, bem como os locais onde os produtos podem ser publicitados ou as respectivas audiências.

Quanto aos meios mais populares, a televisão leva a taça, sendo responsável por 54,7% da publicidade em Saúde em 2018. Dento de dois anos, já deverá responder por 41,9%. A internet aparece logo a seguir, com uma quota de 33,8% em 2018. Contudo, olhando para 2021, deverá superar a televisão, ao atingir os 45,9%.

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