Internacionalização é a palavra de ordem
A empresa de mobiliário de escritório Guialmi avançou para a internacionalização da marca há cerca de dez anos.Neste momento, o mercado externo representa já 50% da facturação. Ainda que tenha havido quebra nas vendas no último ano, é na exploração de novos mercados que vêem a saída para a crise
Espanha, Irlanda, França e Inglaterra são os mercados na Europa onde é possível encontrar produtos da empresa de mobiliário de escritório Guialmi. Mas há mais. Já este ano iniciou operações na Holanda e na Rússia. Em África, a marca está presente em Marrocos, Cabo Verde, Angola e Moçambique, enquanto no Médio Oriente conquistou o seu espaço no Dubai, Abu Dahbi, Arábia Saudita e Jordânia. E tem sido esta diversificação de mercados que tem ajudado a empresa a aguentar o embate da crise económica que levou a uma quebra de facturação de 22% em 2009 face ao ano anterior (em 2008 fechou com 13,4 milhões de euros, enquanto no ano seguinte se ficou pelos 10,5 milhões).
Para essa quebra, os principais países responsáveis são, segundo João Hernâni, CEO da Guialmi, Angola e Espanha – este último é tradicionalmente o responsável pela maior fatia da exportação. Mas antes disso, em 2008, a empresa vinha com um crescimento acumulado de 35% nos dois anos anteriores.
«O sector é muito sensível à evolução da conjuntura, pelo que não esperamos melhorias apreciáveis em 2010. De todo o modo estamos atentos a oportunidades e a desenvolver trabalho no sentido de conseguirmos inverter a tendência decrescente, de um modo geral presente na maioria dos mercados onde estamos presentes», comenta João Hernâni. Apesar da crise que atravessa os vários áreas económicas, o CEO da empresa acredita que a diminuição de actividade da Guialmi «deverá corresponder a pouco mais de metade da quebra do mercado, para o que contribuiu favoravelmente a diversificação de mercados externos» em que a empresa tem apostado e pretende continuar a apostar. É que no bolo total da facturação da empresa, 50% é proveniente das exportações.
Em Portugal há uma rede de 60 distribuidores autorizados, que cobre todo o Continente e Açores. Na Madeira dispõem de uma filial comercial no Funchal, à semelhança do que acontece em Lisboa (Rua Rodrigo da Fonseca). «Particularmente em Lisboa, onde a Guialmi dispõe de clientes com maior dimensão, a disponibilidade de uma estrutura comercial autónoma é importante pela necessidade de controlo do serviço ao cliente», explica o mesmo responsável.
A Guialmi foi constituída em 1974. Os três primeiros anos de actividade foram dedicados ao fabrico de móveis metálicos para cozinha. Em 1997 ajustou o seu core business especializando-se no desenvolvimento, fabrico e comercialização de soluções de mobiliário metálico para escritório. Em Águeda, onde tem a sua sede, tem duas unidades industriais independentes com processos produtivos tecnologicamente autonomizados por famílias de produto. Os principais fornecedores de maquinaria são a Salvagnini, a Danobat e a Nordson.
Do grupo de sócios fundadores, destacou-se Abel Sá que assumiu funções de director-geral e Licínio Silva com responsabilidades no plano da fabricação. Em Dezembro de 1998, um grupo de pessoas, liderado por João Hernâni – actual director-geral, adquiriu 76% do capital da empresa. Dos anteriores accionistas, apenas Abel Sá e Licínio Silva se mantêm no capital com posições de 12% cada. A venda decorreu da inexistência de sucessão no âmbito familiar dos accionistas anteriores.
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