Intermediários de sonhos
Mais de 200 sonhos de crianças com doenças crónicas ou em fase avançada foram realizados em três anos, graças ao contributo de um conjunto alargado de parceiros que a Terra dos Sonhos tem sabido recrutar. Esta IPSS tem um plano estratégico a três anos que visa o alargamento dos beneficiários – a comunidades carenciadas e idosos – para além da consolidação da instituição como parceiro de projectos sociais.
É a “cultura empresarial” numa organização do terceiro sector que diferencia a Terra dos Sonhos. Afirma-o Frederico Vital, o “sonhador principal” desta Instituição Particular de Solidariedade Social, criada em conjunto com a mulher, Laura Mateos Olalla. Desde então, e graças ao trabalho sistemático desta associação fundada em 2007, mais de 200 sonhos de crianças com doenças crónicas ou em fase avançada foram já realizados: desde conhecer figuras públicas como Catarina Furtado, Cristiano Ronaldo ou Tony Carreira, a visitar o estádio do seu clube de futebol ou os bastidores de um espectáculo das Winx, viajar até à Eurodisney e receber de presente uma consola.
Estes e muitos outros projectos de sonho foram financiados através de doações de empresas e particulares, como a Caixa Geral de Depósitos, o Grupo José de Mello, a Janssen-Cilag Farmacêutica e a David Rosas, os principais apoiantes da instituição. A esses, somam-se ainda o BBVA, o Grupo Auchan, a Johnson & Johnson e a Wit Software como patrocinadores pontuais de sonhos. E, ainda, um conjunto alargado de cerca de 26 parceiros, a começar pela Normajean que “doa” o espaço onde reside a equipa de sonhos principal – na Lx Factory, em Lisboa – e a terminar na Microsoft. Não menos importante é o trabalho que 1.200 voluntários, em todo o País, desenvolvem ao nível do contacto, apoio e acompanhamento dos projectos de sonho. «O nosso trabalho é transmitir a estes grupos de crianças e à sociedade em geral a crença de que a realização de um sonho pode transformar a sua vida», afirma o presidente da instituição. E, por isso, os únicos pedidos impossíveis são mesmo as doações pecuniárias directas.
Ao todo, serão mais de 60 as empresas ligadas à Terra dos Sonhos, em modalidades de parceria, apoio, doação ou patrocínio, em diferentes gradações de envolvimento. O projecto Realizadores de Sonhos, por exemplo, dá a possibilidade de criar equipas de colaboradores dentro de empresas, que se envolvam e participem directamente na concretização de sonhos. «A Terra dos Sonhos é uma lovebrand, com um grau de reconhecimento elevado e capacidade de levar à acção», acredita Frederico Fezas Vital. Por isso, o número de núcleos de voluntariado – dois à data, em Porto e Coimbra – será alargado este ano a Évora, e no próximo a Faro. A médio prazo, a Terra dos Sonhos pretende mesmo tornar-se numa ONGD, o que lhe garantirá acesso a fundos de financiamento internacionais.
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