Inteligência Artificial vai substituir smartphones
Em 2016, os smartphones vão começar a desaparecer. Esta é uma das 10 tendências de consumo apontadas pela Ericsson para o próximo ano. A tecnológica afirma que os consumidores esperam que as interfaces de inteligência artificial comecem a substituir os ecrãs dos smartphones na interacção com os objectos. Dispositivos como os smartwatches serão mais importantes do que o iPhone.
Michael Björn, director de Investigação no Ericsson ConsumerLab, afirma mesmo que previsões como esta significam que «brevemente deverão aparecer novas categorias de produtos – e devemos assistir a uma completa transformação das indústrias – para responderem a este tipo de desenvolvimento».
O relatório da Ericsson descreve outras nove tendências. Em primeiro lugar, os efeitos do estilo de vida em rede vão fazer-se sentir: “A nível global, um em cada três consumidores já participa em diferentes formatos de economia de partilha.” Segue-se a Geração Streaming, descrita pela tecnológica como os adolescentes que assistem a conteúdos de vídeo no YouTube: “46% dos jovens com idades compreendidas entre os 16 e os 19 anos passa uma ou mais horas por dia no YouTube.”
As tendências continuam com a transformação do virtual em real. O estudo diz que os consumidores querem a tecnologia virtual nas suas actividades quotidianas: “44% quer mesmo imprimir a sua própria comida.” A quinta tendência para 2016 está relacionada com a criação de casas com sensores integrados. Os materiais de construção deverão ser capazes de integrar sensores que alertem para problemas eléctricos ou fugas de água, por exemplo, já nos próximos cinco anos. “Isto significa que o conceito de casas inteligentes poderá ter que ser repensado desde a sua base.”
Trajectos diários inteligentes é a tendência que se segue, com as pessoas a quererem optimizar o percurso que fazem de casa para o trabalho. O objectivo é que não se sintam objectos passivos em trânsito: “86% dos inquiridos mostra-se disposto a usar serviços personalizados de deslocação pendular se estes estivessem disponíveis.” Segue-se o chat de emergência, uma ferramenta que poderá nascer das redes sociais. A ideia é que estas plataformas possam tornar-se o meio preferencial de comunicação entre cidadãos e serviços de emergência.
Quase a fechar a lista da Ericsson estão sensores no corpo. A par dos sensores nas habitações, as pessoas inquiridas pela tecnológica estão dispostas a utilizar tecnologia que possa melhorar a sua percepção sensorial e capacidades cognitivas, como a visão, audição e memória. “Tudo pode ser atacado” é uma das últimas tendências do estudo. A maioria dos utilizadores de smartphones acredita que os ataques de hackers continuarão a ser um problema, bem como os vírus. Contudo, pode existir um efeito colateral positivo: “Um em cada cinco diz ter maior confiança numa empresa que foi atacada, mas que resolveu os problemas que surgiram a partir desse momento.”
Por fim, a Ericsson aponta o cidadão jornalista como uma tendência para 2016. A partilha constante de informação entre consumidores deverá aumentar a sua influência na sociedade. “Mais de um terço dos inquiridos defende que a denúncia online de uma empresa corrupta tem um maior impacto do que uma denúncia feita na polícia.”