Inflação leva 34% dos consumidores nacionais a produzir alimentos em casa
Com a subida generalizada do preço dos alimentos, a Escolha do Consumidor quis saber de que forma os consumidores portugueses estão a alterar o consumo de bens alimentares. Para tal, elaborou um estudo, que conclui que 58% dos inquiridos alterou a sua alimentação nos últimos seis meses devido à inflação.
Os dados demonstram também que 61% dos consumidores assume que, inevitavelmente, teve de alterar a sua lista de compras: 59% gasta entre 100 e 300 euros por mês, 27% gasta entre 300 e 500 euros, 9% despende mais de 500 euros mensais e apenas 5% gasta até 100 euros por mês nas suas compras alimentares.
Além disso, e em relação à compra de alimentos, 37% dos consumidores compra 2 a 4 vezes por mês, 32% entre 5 a 6 vezes por mês e apenas 31% afirma que sente necessidade de fazer compras alimentares mais do que 6 vezes por mês.
Dadas as circunstâncias actuais, os consumidores sentem que é mais económico e saudável produzir alguns produtos caseiros. Este facto confirma-se através da revelação de 34% dos inquiridos que tomou a iniciativa de produzir alimentos em casa.
Isto porque, 86% dos consumidores considera que tem cada vez mais cuidado com a sua alimentação, seja por estar atento à sua saúde (53%), porque se sente melhor, comendo melhor (25%), porque quer dar o exemplo aos seus filhos (12%), porque precisa de emagrecer (7%) ou porque sente um enorme bem-estar por ter uma alimentação mais saudável (3%).
Comer num restaurante ou comprar comida take-away é uma outra opção adoptada por 35% dos inquiridos que revela fazê-lo um vez por semana, enquanto 14% o faz duas vezes por semana, de 15 em 15 dias (19%) e uma vez por mês (24%). Há também quem mencione que nunca come fora nem compra take-away (5%), ou o oposto, come diariamente num restaurante ou compra comida fora (4%). No entanto, nos últimos seis meses este panorama também mudou com os custos mais elevados: 58% afirma que come fora ou compra comida take-away menos vezes que o habitual.