Inflação faz aumentar queixas dos consumidores e os seguros não escapam
O aumento do custo de vida faz-se sentir nos diversos sectores necessários ao dia-a-dia e essa mudança de realidade tem feito aumentar o número de reclamações dos consumidores. De acordo com o Portal da Queixa, foram registadas mais de três mil queixas desde o início do ano relacionadas com a inflação, principalmente nas categorias Água, Electricidade e Gás, Bancos, Financeiras e Pagamentos e Gastronomia, Alimentação e Bebidas.
No período de 1 a 24 de Janeiro, o número de reclamações registou um crescimento de 82% (2.816), em comparação com o período homólogo de 2022, quando se verificaram 1.540 queixas.
Entre as categorias analisadas, verificou-se que lideram no número de reclamações a Água, Electricidade e Gás com 583 queixas, sendo o principal motivo apontado pelos consumidores o “aumento das facturas”, a gerar 39% das queixas registadas.
Segue-se a categoria Bancos, Financeiras e Pagamentos a recolher 529 reclamações. Entre os principais motivos reportados e a ocupar uma fatia de 23% das queixas apresentadas estão os “problemas com créditos”.
A terceira categoria mais reclamada é Gastronomia, Alimentação e Bebidas a absorver 303 reclamações. Já na categoria Hiper e Supermercados, foram registadas 220 reclamações e o principal motivo de queixa dos consumidores refere-se ao “aumento do preço nos produtos”, a ocupar uma fatia de 37%.
Segundo a análise efectuada, a insatisfação dos portugueses recai também sobre a categoria Seguros Vida, Auto e Planos de Saúde, com 233 reclamações registadas até ao dia 24 de Janeiro. Entre os principais motivos estão a “cobrança indevida de serviços”, a gerar 64% das queixas, e o “aumento do custo do plano contratado”, a pesar 12% no total registado.
No sector Transportes, face ao aumento dos preços, as queixas também não se fizeram esperar. Os problemas com pagamentos em transportes e portagens geraram 313 reclamações nesta categoria, sendo que 14% das queixas dos consumidores são referentes “a aumentos e cobranças indevidas nas portagens”.